Frio e chuva. Uma combinação perfeita para uma boa noite de sono, obviamente para quem está abrigado e agasalhado.
Mas pode ser motivo também para os insones, conforme é o meu caso neste momento, fazerem alguma reflexão.
Através do vidro da janela do apartamento alugado num oitavo andar posso ouvir o constante e ritmado som das ondas do mar cobrindo a areia da praia.
Dias desses aconteceu uma ressaca, marítima, a bem dizer. Impressionante como ficou visível o aumento no volume da água e a força/estrondo entrando até o acesso do prédio à praia. A faixa de areia ficou coberta em quase toda a sua extensão.
Em pé na sala do apê, à noite ou de dia, olhar o mar de cima, vendo somente a água se fundindo com a linha do horizonte, dá a sensação de estar meio que flutuando ou voando por cima do oceano. Como se fosse outra dimensão, outro planeta, outro mundo. E atenção: eu não uso drogas.
Bom, esse lero lero inicial serve somente para chegar ao xis da questão dessas mal traçadas linhas: perante o Universo somos imensamente pequenos. Aliás, essa conclusão não é novidade, pois muitos já se debruçaram sobre o tema.
Enfim, na realidade, do meu ponto de vista, as forças da natureza são tantas e tamanhas que ainda vai demorar uns dias, meses e anos para que a humanidade tenha uma compreensão do significado do que é essa grandeza. E entender verdadeiramente a função de cada uma delas neste planeta que habitamos.
Isso se der tempo, porque o desmatamento amazônico segue impune, sem contar os outros tipos de danos ao meio ambiente. Vide, por exemplo, a tragédia do Rio Doce e a situação das barragens mineiras. E recentemente a liberação de mais de cinquenta tipos de agrotóxicos.
Porém, já que somos o animal pensante que domina a Terra, vamos acreditar que o despertar para uma nova era possa se concretizar antes que tudo se acabe. A crença em dias melhores nos move para a frente.
Que assim seja!
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