terça-feira, 13 de setembro de 2011

Retorno à base

Pois é, após curtir um friozinho de até 12 graus na serra capixaba, e não tomar nenhum banho de mar em Guarapari de tão gelada, pelo menos para mim, que estava a temperatura da água, estou de volta a Porto Velho.
Vitória continua arrumada e bem urbanizada, mas, desta vez, não circulei muito, fiquei mais na casa da minha mãe. Fui uma única vez ao centro da cidade, e me decepcionei ao ver o casarão que era de meu avô, na Rua 7 de Setembro (vide postagem neste blog), com a fachada em obras. Não sei qual a finalidade nem o objetivo dos atuais proprietários, mas acho que não cabe muita esperança de ser algo parecido com uma restauração.
Enfim, em que pese algum avanço na nossa mentalidade no sentido de conservar a memória de nossa história, a vida moderna é veloz demais para que a maioria das pessoas se preocupe com este tipo de lembrança. Muitos não arquivam no cérebro nem o que fizeram no início da semana, quanto mais o que aconteceu dezenas ou centenas de anos atrás.
Desde que eu me entendo por gente gosto de conhecer os fatos históricos mundiais, nacionais e regionais. Tenho vontade, talvez quando me aposentar, de fazer o curso de História. A compreensão de como a humanidade chegou até aqui é um assunto que me atrai bastante, pois induz a entender porque algo é assim ou assado e até permite projetar o futuro, claro, no meu caso, sem conhecimento científico, apenas usando o raciocínio lógico, com exceção do futebol, que é, como todos sabem, uma caixinha de surpresas.
Muita informação se perdeu ao longo do tempo, e outras que chegaram até os dias de hoje não são 100 por cento garantidas, até porque já foi dito que a versão dos vencedores é a que prevalece. Mesmo assim, é muito interessante viajar pelo passado de reis e rainhas, batalhas, invenções e inventores. Conhecer a formação dos povos, as divisões dos territórios e as lutas pela independência.
Com a tecnologia da informação do século 21, a história se faz e se vive todo dia, com os quatro cantos do mundo sendo vigiados por satélites e câmeras de alta definição. Isso sem falar na internet. Até com um celular é possível registrar um acontecimento que tenha significado para o futuro, mesmo que no momento em que esteja acontecendo não pareça tão importante.
Tudo isso pode dar a impressão de que as próximas gerações terão informações mais confiáveis quando forem estudar a nossa época. Sei não. Afinal, o que pode ser significativo para uns, para outros é capaz ser insignificante e, portanto, descartável. Quem tem este controle é que decidirá o que chegará aos nossos netos e bisnetos. 
Um exemplo é o que está acontecendo no casarão da rua 7, que tantas  boas recordações me traz. Que pena.