sábado, 13 de julho de 2019

Aprendendo a viver e a morrer - II

Foto: Jussara Pacheco

Diz aquele grande filósofo, cujo nome não me lembro no momento, que depois que a pessoa nasce, com um minuto de vida já começa a envelhecer. Parece, e é, bem óbvio.

Mas os seres humanos, ao longo da existência, a partir do momento em que começam a ter alguma consciência de si mesmos, só começam a pensar na possibilidade da morte (que, conforme sabemos, é inevitável para todos) depois dos 50, 60, 70 ou mais anos de idade.

Quando jovem, a sensação de imortalidade permeia homens e mulheres. No auge do vigor físico e mental, quem quer perder tempo imaginando que um dia poderá deixar este mundo material? Ninguém, né mesmo?

Contudo, conforme dito alhures, todos já nascemos no rumo de encontrar a morte, mais cedo ou mais tarde, de preferência bem mais tarde. Por isso, parece adequado que as gerações sejam preparadas para o momento que todos querem evitar, mas do qual nenhum de nós escapará.

O desencarnamento, para quem, conforme é meu caso, acredita em reencarnação, deve ser um tema corriqueiro. Não pode se tornar uma obsessão, mas também não deve ser evitado como um assunto azarento ou de mau agouro. Necessitamos ter consciência de que a passagem para o mundo espiritual precisa acontecer como uma coisa totalmente natural.

Essa compreensão facilita a quem estiver indo aceitar o que não tem remédio, e dá conformação para quem fica, principalmente parentes e amigos, e não sofrer tanto com a dor da perda de um ente querido. Permanece a saudade, que é um sentimento bom, pois somente nos lembramos de pessoas ou lugares, até mesmos objetos, que gostamos.

Enfim, um dos aprendizados da nossa existência material a qual devemos dar bastante atenção, é nos preparar para saber morrer. Facilita, e muito, nossa passagem pela Terra, pois nos deixa leves e livres, sem o ranço do peso limitador das coisas do mundo, além de nos abrir as portas do infinito quando formos chamados.   


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