Estava a ouvir de uma pessoa que considero
bem inteligente, e que gosta de estudar temas históricos, uma compreensão sobre
o motivo que levou Jesus a ser crucificado pelos romanos, que dominavam,
naquela época, a região onde hoje está instalado o Estado de Israel.
Dizia o cidadão que foi simplesmente um
ato de arrogância dos invasores. Como todos que querem implantar suas ideias
pela força, também os romanos buscavam mostrar, com aquela atitude, quem
mandava, mesmo que para isso tivessem que matar um inocente.
Tudo, então, para intimidar os judeus,
que continuariam submissos e manteriam os pagamento dos impostos a César, que
era o que realmente interessava aos dominadores.
Verdade ou não é um entendimento,
passível de contra-argumentação. Porém, sendo isento do conhecimento necessário
para debater o tema, me quedo silenciosamente. Mas o ponto “arrogância” chamou
a minha atenção, uma vez que parece, até hoje, permear as relações entre os
povos, e mesmo entre pessoas no dia a dia.
O caso mais recente, no cenário mundial,
é a insana guerra da Rússia contra a Ucrânia, por exemplo, em que um tiraninho
qualquer se arvora no direito de invadir um país soberano para impor a sua
vontade, ao custo de milhares de vidas e o silêncio cúmplice da comunidade
internacional.
No trato humano o noticiário diário está
repleto de casos, principalmente do racismo estrutural que permeia a derme
social brasileira, além do tradicional “você sabe com quem está falando?”
Pequenos que somos perante a natureza
divina é quase inacreditável encontrar quem se ache melhor do que os outros, e
com atos e palavras pretende, na marra, fazer valer seu pensamento, como se
ninguém mais tivesse discernimento suficiente para escolher seu próprio
caminho. Haja paciência!
Lô Borges e Milton Nascimento, em Paisagem
da janela, já profetizavam: “Mensageiro natural de coisas naturais/Quando
eu falava dessas cores mórbidas/Quando eu falava desses homens sórdidos/Quando
eu falava desse temporal/Você não escutou”.
Afinal, “...gado a gente marca/Tange e
ferra, engorda e mata/Mas com gente é diferente” (Disparada – Geraldo Vandré).
Vai passar.