sexta-feira, 26 de julho de 2019

A florada do ipê


Durante as três dezenas de anos em que morei em Porto Velho, vibrante capital rondoniense à beira do rio Madeira (maior afluente da margem direita do rio Amazonas), uma coisa sempre me chamou a atenção e me encheu os olhos: a florada do ipê.

Geralmente entre os meses de junho a agosto, no período conhecido por verão amazônico (seca), o ipê, predominantemente da cor roxa, nas espécies que embelezam as ruas da cidade, apresenta lindas flores por todo o dossel das árvores, num espetáculo de renovação, pois, em seguida à floração, a Tabebuia renasce com novas folhas, de verde intenso.

Também conhecido por pau-d'arco, peúva, ipé e ipeúna, é o gênero netropical mais comum da família Bignoniaceae. Em 1978, a Lei nº 6.507 oficializou a flor do ipê como a flor nacional do Brasil. Atualmente, a maioria das espécies de ipês brasileiros está incluída no gênero Handroanthus - informações do sitio wikipédia.

Em Porto Velho, tem até um ipê que se recusou a ser usado como poste e, apesar de fincado no chão e com fiação fixada em seu tronco, enraizou novamente e voltou a florar. O jeito foi colocar um poste de concreto ao lado e deixar a natureza seguir o seu curso.

Na família existem 74 espécies reconhecidas, com flores de todas as cores, sendo as mais conhecidas as roxa, amarela e branca.  

Diz ainda o site pesquisado: "As espécies deste gênero são importantes para obtenção de madeira usada para mobília e outros usos ao ar livre. É mais densa do que a água. É cada vez mais popular como um material de deques devido a sua resistência contra insetos e sua durabilidade. Em 2007, a madeira certificada do ipê tinha se tornado prontamente disponível no mercado, embora os certificados fossem forjados ocasionalmente. O ipê é amplamente utilizado como a árvore decorativa nos trópicos em jardins, nas praças públicas e bulevares devido à sua florescência impressionante e colorida. As flores aparecem no fim do inverno, junto com o período de queda das folhas. São úteis como plantas de mel para abelhas, e são popular com determinados colibris. A casca de diversas espécies tem propriedades medicinais. A casca é seca e fervida, produzindo fazendo um chá amargo ou ácido: o chá da casca interna de ipê (T. impetiginosa). É um remédio erval usado tipicamente durante a gripe e a estação fria, facilitando, ainda, a tosse do fumante. Trabalha aparentemente como expectorante, estimulando, através da tosse, que os pulmões se livrem do muco contaminado. As flores do ipê branco e amarelo podem ser utilizadas na alimentação tanto cruas quanto cozidas/fritas. São dotadas de lenho muitíssimo resistente à putrefação. Sua madeira é muito dura e resistente: é branca, levemente rosada, uniforme, leve, macia e durável, própria para marcenaria fina". 

Como se vê, é uma árvore especial, que une rara beleza floral com múltiplas utilidades, inclusive medicinais. Sem dúvida, uma dádiva divina, das muitas que nos são ofertadas por Aquele que rege todo o universo. 

Recebi a foto abaixo do jornalista Lúcio Albuquerque, e tomo a liberdade de reproduzi-la.


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