quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Terapias

 

          Desde que me entendo por gente gosto de coisas naturais e terapias alternativas para prevenção e tratamento da minha saúde, sem desmerecer o conhecimento científico inerente à Medicina tradicional, até porque muitos desses métodos antigamente tidos como falsos já foram incorporados à prática profissional e ao estudo acadêmico dos médicos, como homeopatia e acupuntura, por exemplo.

 

          Homeopatia, medicina tradicional chinesa, florais, acupuntura, musicoterapia, naturopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, yoga, barra de access, cromoterapia, fitoterapia, do-in, shiatsu e reflexologia, entre outras, são algumas das opções disponíveis atualmente. Muitas dessas já experimentei, com resultados, na maioria das vezes, satisfatórios.

 

          Até o Ministério da Saúde abriu as portas para esses procedimentos, pois desde 2018 o Sistema Único de Saúde - SUS atende pacientes usando dez terapias alternativas. São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.

 

          Conheci uma esses dias que, para mim, foi novidade. Trata-se da terapia craniossacral, também chamada TCS ou Terapia CranioSacral usada por fisioterapeutas, massoterapeutas, naturopatas, quiropatas e osteopatas. É uma terapia manual dedicada ao diagnóstico e tratamento por meio de toques suaves e precisos nos ossos da cabeça, coluna vertebral e sacro, melhorando o funcionamento do sistema nervoso central, e consequentemente, ativando a capacidade de auto cura do corpo.

 

          Tudo começou no século passado, quando o dr. William Sutherland, médico nascido nos Estados Unidos, observou que os ossos do crânio têm movimentos, desenvolvendo, assim, um sistema de avaliação e tratamento conhecido por Osteopatia Craniana. Posteriormente, o dr. John Upledger, também clínico norte-americano, aprofundou e ampliou as ideias do seu conterrâneo provando cientificamente a existência do sistema craniossacral e institucionalizando a Terapia CranioSacral, explicada em muitos livros que escreveu (o mais conhecido é Seu médico interno e você) e formalizando o método no Instituto Upledger, que funciona desde 1985 e tem representantes no mundo todo, inclusive no Brasil, mais precisamente em Teresópolis/RJ.

 

          Pois bem. Indicado por um amigo fui lá. O atendimento dura quase uma hora (não marquei o tempo exato). A pessoa fica deitada numa maca e o(a) profissional dá algumas explicações iniciais e começa o trabalho, passando a pressionar suavemente partes do corpo do paciente desde a cabeça até a sola dos pés, algumas vezes voltando ao mesmo ponto anteriormente trabalhado. No ambiente, ouve-se música instrumental.    

 

          De olhos fechados, visualizei muitas cores, em diversos tons e matizes. Em determinado momento, tive a impressão de ver, ao longe, uma rosa. Não senti dor. Somente um pequeno desconforto porque achei a maca muito estreita. Concluído o trabalho, vim andando para casa (o consultório fica perto) me sentindo um pouco diferente, como se estivesse meio aéreo ou mesmo flutuando. As pernas pareciam bambas.

 

          O interessante é que olhava as pessoas como se as conhecesse, como se todas fossem minhas amigas, a quem poderia parar e conversar. O bem-estar generalizado me surpreendeu. Era horário de almoço, mas não sentia fome. Aliás, nem comi nada depois, parecendo saciado física e emocionalmente.

 

Gostei. Vou voltar. Nesse ritmo, acho que depois de umas três ou quatro vezes, é capaz até de que consiga, finalmente, emagrecer, além, é óbvio, brincadeiras à parte, de outros benefícios mais nobres.

 

Pode não ser uma panaceia, mas recomendo. O trem é bom, sô!

 

 


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