Não posso dizer que o Sol brilhou com
mais intensidade naquela data porque seria muita pretensão da minha parte, até
porque ela nasceu, salvo engano, às 19 horas.
Mas a alegria que senti, sem dúvida, foi
como se a luz solar tivesse tomado conta do meu coração. Estou falando do
nascimento da minha primeira neta, Alice, há 12 anos, naquele 11 de outubro de
2008, na cidade de Porto Velho, Rondônia.
É dito que todo ser humano, na sua
trajetória de vida, deve, no mínimo, plantar uma árvore, escrever um livro e
ter um filho, coisas que já fiz. Bom, não sei se isto é verdade, ou qual seria
a ordem cronológica desses acontecimentos, mas ouso acrescentar que a vinda de
um neto(a) é algo muito especial, como se nosso legado estivesse perpetuado
numa terceira geração.
Além do mais, ser avô, a meu ver, é
aquela situação em que a pessoa tem inúmeros direitos de bagunçar e nenhuma
responsabilidade de educar. É fazer todas as estripulias que, às vezes, nem
praticou com a própria prole, mas com esses descendentes não consegue evitar. Difícil
ter forças para recusar um pedido (ordem?) de um(a) neto(a).
Dizia o famoso médico,
professor e escritor estadunidense Oliver Wendell Holmes (1809/1894) que “nós
não paramos de brincar porque envelhecemos, mas envelhecemos porque paramos de
brincar”. Nesse sentido, acredito que os netos renovam nos avós a alegria da
vida, o lúdico, a sensação de eternidade.
Desconheço se
exista algum pai ou mãe linha dura que, por mais que disfarce, não se torne um “babão”
quando pega no colo os pimpolhos presentados pelos filhos. Na infância, eles fazem
o que querem dos avós; na adolescência, a fase atual da minha primeira neta,
imagino que os interesses possam ser outros, com algum distanciamento, mas, se
depender de mim, quero continuar sempre presente na vida deles.
Deus sabe, na
sua infinita sabedoria, que amo minha família, mas tenho que confessar que
mantenho em meu coração um lugarzinho muito especial para os meus, até agora,
três netos – duas meninas e um menino, e com mais especialidade ainda para
Alice, a Primeira, a quem faço votos de uma vida longa e próspera, com as
bênçãos divinas perenemente presentes.
E, na época
certa, que venham os bisnetos. Estarei aqui para aprontar com eles. Afinal,
conforme visto alhures, envelhecemos porque paramos de brincar. E na expressão
poética de Vinícius de Moraes, em Samba da Benção, “É melhor ser alegre
que ser triste/Alegria é a melhor coisa que existe/É assim como a luz no coração".
Brinquemos com
alegria, pois!
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