segunda-feira, 25 de maio de 2020

Momento de perseverar




          Eis que a nau dos insensatos instalada no Planalto Central continua sua trajetória de rumo incerto e desconhecido. A cada revelação, o povo brasileiro é surpreendido com absurdos tais que chegam a ser quase inacreditáveis. Me perdoem os que entendem de maneira diferente, mas parece que é preciso colocar um mínimo de ordem na bagunça generalizada que se vê à distância.

          Faz tempo que eu me distanciei de rótulos políticos – esquerda, direita, centro, neo isso, neo aquilo. Acredito que qualquer governo, não importa se federal, estadual ou municipal, que faça o que tem que ser feito, quer dizer, aquilo que seja efetivamente praticado em prol do benefício comum, na saúde, na economia, no social e mais outros campos administrativos, merece meu apoio e respeito, independentemente do nome que se dê ao seu posicionamento partidário.

          Por natureza, tenho uma tendência a ficar ao lado dos menos favorecidos, mas não cegamente ou por achar que rico não presta. Tem gente boa em todas as camadas sociais, como também tem quem não preste em cima e embaixo, considerando que esses são conceitos passíveis de interpretações individuais.

          Porém, em tempos cibernéticos, nos quais o mundo está ao alcance de um dedo, venho firmando a seguinte convicção: cada um tem que ser seu próprio líder. Cada um tem que saber o que é melhor para si. Cada uma pessoa precisa ter consciência do que é certo e do que é errado, do que é ético e do que não é. A transformação para melhor não pode ficar na dependência de alguém que surge do nada supostamente como um salvador da Pátria.

          Eu preciso fazer minha parte. Meu vizinho precisa fazer a parte dele. Todos juntos precisam buscar esse objetivo comum. Dividir nunca foi a melhor opção para progredir. O diálogo permanente conduz ao consenso. Não existem amigos ou inimigos desse ponto de vista. Existem irmãos. Chega de confrontos. Não percamos mais tempo, pois o tempo urge e está a exigir de nós que ampliemos nossa compreensão.

          Difícil? Sem dúvida, mas imprescindível, pois estamos no mesmo barco e depois que ele afundar talvez não exista bote salva-vidas para todos.

          Rogo a Deus que essas provações passem logo, e que dias melhores se instalem em nossas vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário