Acabei de assistir Trostky, série disponível
na Netflix. São oito capítulos de uns 50 minutos, mais ou menos, cada um.
Produção da televisão russa. Levei uns dez dias para ver tudo. Gosto desses
seriados, mas não tenho tempo e nem disposição para ficar fazendo maratonas na
frente da TV.
Diga-se de passagem, se a gente não
tomar cuidado acaba ficando meio viciado nesse tipo de programa, pois, em
grande parte, são todos muito bem feitos, por profissionais competentes,
roteiros elaborados e com atores de qualidade. Bom divertimento para pessoas notívagas,
conforme é meu caso.
Confesso que sabia pouca coisa sobre
esse revolucionário de família judaica. No Google existem muitas informações
falando do sucesso da série na Rússia, mas, também, ressaltando algumas
inverdades históricas, como o inexistente encontro entre Trostky e Freud, isso
mesmo, Sigmund, o austríaco considerado o pai da psicanálise.
Mas encontram-se também teses garantindo a veracidade deste fato.
Da minha
perspectiva atual (62 anos de idade, com um passado, nos anos 80, de cinco anos
de luta sindical permeada por ideologias de todas as matizes e, hoje, espírita)
me coloco na posição de que nenhum extremismo (esquerda, direita ou o rótulo
que tiver) é bom ou pode ser útil para atender às necessidades de um povo.
Governo, seja municipal, estadual ou federal, independentemente do nome, que faz
aquilo o que a população necessita, é o melhor.
Mas na época
(1917 e anos seguintes) e naquela situação imagino que não havia muito o que se
fazer de diferente. Historicamente, a meu ver, toda revolução tem seus momentos
de terror. Na extinta URSS durou bastante tempo. Se Trostky tivesse vencido a
luta interna do Partido Comunista com Stalin, após a morte de Lenin, as coisas
seriam diferentes? Não se sabe. Me pareceu que o roteiro do seriado quis passar
esta ideia, mas tudo são especulações.
Porém,
enquanto, digamos, show, gostei para caramba. Sou aficionado por História (quem
sabe ainda faço um mestrado na área), pois entendo que serve para entendermos o
presente e projetar o futuro. E esses personagens são fascinantes. Mostram
facetas comuns a todos os homens e mulheres e, além disso, demonstram um lado de coragem
e de superação. Lutam com unhas e dentes por tudo aquilo em que acreditam.
E isso também
se vê presente na pessoa comum. O mundo está cheio de gente (pode até ser um
vizinho) que enfrentou dificuldades e deu a volta por cima, construiu uma vida
e uma família. Não é famoso. Não liderou uma revolução. Não apareceu na mídia. Mas
é respeitado. Não deve e não teme. Morre tranquilo, sabendo que deu o melhor de
si para viver em paz com todos.
Esses são os
verdadeiros heróis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário