sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Acabou

 

        E a seleção brasileira de futebol não aguentou os “ics”.

 

        Modric, Kovacic, Perisic, Kramaric e, principalmente, Livakovic, o paredão croata que fechou o gol, se trancaram na defesa, cozinharam o jogo e foram para a segunda prorrogação nesta Copa (sem contar as três vezes da edição de 2018, na Rússia), chegando à disputa de pênaltis como se fosse a coisa mais normal do mundo, alcançando mais uma semifinal.

 

        Mesmo com o placar adverso desde o final do primeiro tempo da prorrogação, a Croácia mostrou mais disciplina tática, com destaque na parte defensiva, e uma paciência de Jó para se fazer de morta até alcançar o empate. Colocar o inexperiente Rodrygo para cobrar a primeira penalidade máxima foi uma temeridade, e deu no que deu.

 

        Mas, como dizia o ex-técnico Dino Sani, na época em que comandava o colorado gaúcho, “futebol se ganha, se perde ou se empata”. Agora, o selecionado nacional iguala o jejum de títulos do período de 1970 até a conquista de 1994, considerando que a última taça, até aqui, foi levantada em 2002 e a próxima Copa do Mundo será em 2026, ou seja, 24 anos de seca.

 

        Me parece que não haverá nenhuma comoção tropical por conta deste resultado adverso. Afinal, tirando alguns exemplos mais recentes, o brasileiro, de um modo em geral, parece que já está se acostumando com ganhar ou perder, que, por óbvio, faz parte do jogo. E mais do que isso, é uma condição inerente à própria vida, tão cheia de altos e baixos.

 

        Muito se falará nos próximos dias sobre as opções do Tite (“não levou Firmino”, “cadê o Gabigol?”, “para que tanto atacantes?”). Entretanto, cabia a ele escolher, e assim o fez. Ainda bem que tudo passará, e na 22ª edição da Copa do Mundo de Futebol, em 2026, cujas sedes serão divididas entre Canadá, Estados Unidos e México, caso o Brasil consiga passar pelas eliminatórias, a esperança estará renovada na busca do inédito hexa.

 

        Enquanto isso, quem ganhará no Catar? Espero que seja uma seleção que ainda não tenha sido campeã nenhuma vez (tipo a própria Croácia ou Marrocos) que se juntará, assim, aos outros oito países (Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra, Argentina, França e Espanha) cujos capitães já levantaram o caneco, em alguns casos mais de uma vez.

 

        Esperemos, pois, a final no dia 18 de dezembro de 2022.

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