segunda-feira, 8 de março de 2021

Mulheres...

 


         Oito de março, Dia Internacional da Mulher.

 

         Essa data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970, e simboliza a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens. Inicialmente, remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta delas não apenas contra a desigualdade econômica, mas também contra o machismo e a violência.

 

         Quando eu era um tanto mais rude do que sou hoje, costumava dizer que essa efeméride não valia para o Brasil, porque era o Dia Internacional da Mulher e não o Dia Nacional. Meio sem graça, né, mas, num contexto de cultura machista, fazia relativo sucesso.

 

         Brincadeiras à parte, quero deixar claro que nada tenho contra as mulheres, e nem posso. Sou filho de uma, sou casado com outra, tenho três filhas, duas netas, duas irmãs, cinco sobrinhas e incontáveis primas. Vivo cercada por elas, o que muito me alegra.

 

         Nascida ou não de uma costela de Adão, as mulheres, sem dúvida, são a síntese da perfeição divina, com sua inigualável capacidade de dar continuidade à espécie através da beleza sem igual que é a gestação, puro ato de amor de carregar no ventre por nove meses um novo ser.

 

         Complexas, instáveis, incompreendidas. Sem dúvida, elas são tudo isso, e muito mais. O poeta Vinícius de Moraes, que cantou em prosa e verso sua admiração inconteste, registrou que “mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas”.

 

         Nada impede, porém, que, até como prova do reconhecimento à importância capital da presença feminina na existência de todos nós, procuremos exercitar diuturnamente a compreensão com as dignas representantes do dito (equivocadamente) sexo frágil. Afinal, todo homem já percebeu isso, elas é quem mandam.

 

         Há uma versão não confirmada de que a frase atribuída ao grande filósofo grego Sócrates – “Só sei que nada sei” – teve origem, na verdade, numa DR (discutir relação) que ele teve com a esposa, tendo esta afirmado, em determinado momento mais acalorado: “Você não sabe de nada”. Me parece crível.

 

         O importante, a meu ver, é o seguinte: temos que caminhar juntos, homens e mulheres, de forma solidária, fraterna e igualitária, pois essa dualidade cromossômica, materializada através dos gametas, é inerente à condição terrena, inexistindo no mundo espiritual.

 

         Por isso, Hipátia de Alexandria, primeira mulher diretora de escola em Alexandria, no Egito, por volta do século V, ensinava: “Compreender as coisas que nos rodeiam é a melhor preparação para compreender o que há mais além”.

 

         Viva o Dia Internacional da Mulher!

Nenhum comentário:

Postar um comentário