Oito de março, Dia Internacional da
Mulher.
Essa data foi oficializada pela
Organização das Nações Unidas na década de 1970, e simboliza a luta histórica das
mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.
Inicialmente, remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente,
simboliza a luta delas não apenas contra a desigualdade econômica, mas também
contra o machismo e a violência.
Quando eu era um tanto mais rude do que
sou hoje, costumava dizer que essa efeméride não valia para o Brasil, porque
era o Dia Internacional da Mulher e não o Dia Nacional. Meio sem graça, né, mas,
num contexto de cultura machista, fazia relativo sucesso.
Brincadeiras à parte, quero deixar
claro que nada tenho contra as mulheres, e nem posso. Sou filho de uma, sou casado
com outra, tenho três filhas, duas netas, duas irmãs, cinco sobrinhas e
incontáveis primas. Vivo cercada por elas, o que muito me alegra.
Nascida ou não de uma costela de Adão,
as mulheres, sem dúvida, são a síntese da perfeição divina, com sua inigualável
capacidade de dar continuidade à espécie através da beleza sem igual que é a
gestação, puro ato de amor de carregar no ventre por nove meses um novo ser.
Complexas, instáveis, incompreendidas.
Sem dúvida, elas são tudo isso, e muito mais. O poeta Vinícius de Moraes, que
cantou em prosa e verso sua admiração inconteste, registrou que “mulheres
existem para serem amadas, não para serem entendidas”.
Nada impede, porém, que, até como prova
do reconhecimento à importância capital da presença feminina na existência de
todos nós, procuremos exercitar diuturnamente a compreensão com as dignas
representantes do dito (equivocadamente) sexo frágil. Afinal, todo homem já
percebeu isso, elas é quem mandam.
Há uma versão não confirmada de que a
frase atribuída ao grande filósofo grego Sócrates – “Só sei que nada sei” –
teve origem, na verdade, numa DR (discutir relação) que ele teve com a esposa,
tendo esta afirmado, em determinado momento mais acalorado: “Você não sabe de nada”.
Me parece crível.
O importante, a meu ver, é o seguinte:
temos que caminhar juntos, homens e mulheres, de forma solidária, fraterna e
igualitária, pois essa dualidade cromossômica, materializada através dos
gametas, é inerente à condição terrena, inexistindo no mundo espiritual.
Por isso, Hipátia de Alexandria,
primeira mulher diretora de escola em Alexandria, no Egito, por volta do século
V, ensinava: “Compreender as coisas que nos rodeiam é a melhor preparação para
compreender o que há mais além”.
Viva o Dia Internacional da Mulher!
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