domingo, 7 de fevereiro de 2021

Que fase!

 


          Impossível ficar sem escrever sobre esse período inusitado que estamos atravessando.

 

          Por mais que me afaste de redes sociais ou das mídias eletrônicas, diariamente chegam notícias sobre amigos e amigas que se foram, que tiveram a doença e melhoraram ou que ainda lutam com todas as forças, em camas hospitalares, para vencerem a temida patologia.

 

          Sim, isso mesmo, estou falando da famigerada COVID-19.

 

          As vacinas chegaram, mas a ainda pouca cobertura não permite vislumbrar de imediato uma diminuição dos casos. Alguns alardeiam que no ritmo atual de imunização somente em 2024 toda a população brasileira estará vacinada. Será? Provavelmente nada mais do que outra fake news. Assim espero.

 

          Pressões econômicas de todas as vertentes encostam na parede os governantes de plantão, que ora restringem e ora liberam as atividades, cuja lista de “essenciais” aumenta a cada decreto, seja ele estadual ou municipal.

 

          Assomos preocupantes demonstram que, tal qual o marisco encurralado entre o mar e o penhasco, a população continua sendo um joguete político nas mãos daqueles que deveriam, de maneira apartidária e igualitária, fazer o bem sem olhar a quem. Até a venda dos imunizantes já está sendo cogitada, como se fosse possível tal disparate.

 

           Numa renovada aplicação da “Lei de Gérson”, aquela em que se busca levar vantagem em tudo, sem respeito a nenhum princípio ético, restaurou-se o velho costume de “furar a fila”, para que os mais próximos dos que têm a chave do cofre, no caso, dos freezers, recebam uma dose da CoronaVac antes da data oficial, em prejuízo dos profissionais da área de saúde e dos mais idosos. Pelo jeito, ninguém tem mais medo de virar jacaré.

 

          Espero que minhas preocupações sejam infundadas, mas a prevalecer uma outra lei também bastante conhecida, a de Murphy, segundo a qual “se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”, a situação em terras brasilis tem muitos capítulos pela frente, num enredo em que os diálogos são pessimamente construídos e os atores meros canastrões.

 

          Que coisa, hein!? O ano nem começou direito e já está fubento.

 


Nenhum comentário:

Postar um comentário