domingo, 15 de março de 2020

Vida de inquilino




          Morar de aluguel é tranquilo. Só é ruim quando chega a hora de renovar o contrato, ou de procurar outro lugar para morar.

          Eu nunca tinha vivenciado esta experiência até junho do ano passado.

          Quando solteiro, morava com meus pais. Depois de casado, inicialmente passei a residir no apartamento da sogra. Mais à frente, mudamos, eu e minha mulher, para uma casa de meu avô.

          Em seguida, ao nos transferirmos para Porto Velho, comprei um imóvel próprio, que temos até hoje.

          Na vinda para Guarapari, optamos por alugar um apê mobiliado. Eis que chega a hora de assinar o contrato por mais um ano ou sair fora, uma vez que o proprietário apresentou uma proposta com reajuste de 200 reais/mês.

          Nesses últimos dias, junto com minha família, já visitei umas dez casas e apartamentos, levado por inúmeros corretores, todos prometendo e garantindo mil maravilhas.

          Cada um tem suas peculiaridade e vantagens, mas todos, também, apresentam alguma restrição. Se juntássemos um pouquinho de cada teríamos a residência perfeita.

          E os proprietários? Uns querem seguro fiança. Outros, dois meses de aluguel adiantado. Alguns não aceitam tirar um sofá ou uma televisão velha. De uma maneira geral, o que se percebe, é que o locatário está numa situação de desvantagem, pois o locador adota uma posição de não ceder, tipo “pegar ou largar”, mesmo que fique meses com o imóvel desocupado.

          E a mudança? Parece que foi outro dia que vim de Rondônia, cheio de caixas, malas e pacotes. Pensar em arrumar tudo novamente (e depois arrumar na nova casa) chega a me dar calafrios. Ou preguiça. Não sei qual a necessidade humana de acumular tanta coisa.

          Acho que vou propor ir para um apart-hotel. Mais fácil, com maior comodidade e sem preocupação com cozinha, limpeza, lavagem de roupas.

          Quem sabe? Pode dar certo!

         

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