Eu me considero neófito nessa proliferação
tecnológica de meios de comunicação: Facebook, Instagram, WhatsApp, Twitter e
outros mais.
Não faço parte de nada disso, com
exceção do “zap”, pois, atualmente, é quase essencial participar de algum grupo
para se ter um mínimo de contato com a família, amigos e até profissionalmente.
Nada contra.
Admiro como essas coisas funcionam, de
forma quase instantânea. Uma pessoa no Afeganistão pode mandar uma mensagem
para outra na Austrália, por exemplo, e a visualização é imediata. Conforme
diria Richard Bach, “longe é um lugar que não existe”, apesar de
saber que o escritor norte-americano não pensava nisso especificamente ao
publicar seu belíssimo texto sobre sentimentos que a distância não apaga.
Acho
impressionante, ainda, a tecnologia bancária. Aplicativos em celulares permitem
que a sua agência, ou qualquer outra, fique à distância de um toque dos dedos
das mãos. E com confiabilidade bastante razoável. Como diz a piada: celular,
hoje em dia, serve até para telefonar. E existem muitos outros modelos dessa
ciência impressionante facilitando a vida do ser humano.
Mas fiquei
mesmo um tanto, como direi, ligeiramente embasbacado quando, num dia desses, vi
uma artista recém chegada ao estrelato comemorando que alcançou a marca de 1
milhão de seguidores em seu perfil no Instagram. Resolvi pesquisar e, para
aumentar ainda mais o meu espanto, descobri que outras e outros mais
famosos(as) têm 10, 20 e até 45 milhões de seguidores.
A Wikipédia
me explica (bom, Internet virou ferramenta cotidiana para boa parte da
humanidade, acredito) que “Instagram é uma rede social online de
compartilhamento de fotos e vídeos entre seus usuários, que permite aplicar
filtros digitais e compartilhá-los em uma variedade de serviços de redes
sociais, como Facebook, Twitter, Tumblr e Flickr”.
Gente, o que leva 45 milhões de
pessoas a acompanhar, ou seja, ler e ver diuturnamente, as publicações de
alguém? O Brasil tem uma população estimada em aproximadamente 210 milhões de
habitantes. Quase um quinto do povo se diverte com fotos e vídeos dessa única
celebridade. Quero crer que o conteúdo é educativo, contribuindo para a
formação do caráter dos jovens e dando exemplos de moral e ética. Só que não.
E nem sei se tem alguém sendo seguido
por mais de 45 milhões de fãs. É possível, considerando que essas coisas
acontecem também em outros países. O que advirá disso tudo? Não sei. Por certo
algum pesquisador acadêmico já deve estar se debruçando sobre essa temática.
Porém, digo logo: quem, em sã consciência, pode esperar coisa boa saindo dali?
Ninguém.
Mas, para não parecer que sou apenas
um velho retrógrado (e não sou mesmo), digo assim: acredito que tudo isso acontece
para beneficiar a civilização. São avanços naturais e necessários nessa fase de
estágio evolutivo. E muita coisa ainda vem por aí, tipo, por exemplo, carros
voadores e autômatos funcionais.
Contudo, vamos maneirar nesse apego frenético de
saber o que fulano ou fulana faz ou deixa de fazer. Será que só eu ainda
trabalho?
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