sexta-feira, 20 de março de 2020

Quarentena




          Estou classificado no grupo de risco (idoso) para o tal do coronavírus.

          Minhas filhas me proíbem de sair de casa, meus netos não me visitam (fazem só chamada de vídeo) e eu estou vendo o mundo passar pela janela/varanda do meu apartamento.

          É uma situação inédita, acredito que para toda a minha geração, porém, conforme vem sendo exaustivamente explicado nos noticiários televisivos e nas redes sociais, absolutamente necessária. Fazer o quê?

          O danado do bichinho está espalhado por todo o planeta, e ainda sem previsão de quando vai se recolher novamente. Invisível a olho nu, toma conta dos pulmões das pessoas infectadas e faz grandes estragos respiratórios. Mais uma prova da fragilidade do ser humano perante as forças da Natureza.

          Aliás, o que pensar dessa situação?

          Aqui no Brasil a coisa ainda não está sendo levada totalmente a sério, inclusive por vocês sabem quem (aquele que não se pode declinar o nome), mas nos Estados Unidos, Ásia e Europa decisões radicais foram tomadas, em benefício da coletividade. E consequência talvez inesperadas estão aparecendo.

          Por exemplo: li uma reportagem na internet dizendo que em Veneza, na Itália (um dos lugares mais prejudicados), os famosos canais estão ficando com a água límpida e transparente, por conta da drástica redução do fluxo de embarcações e a diminuição da poluição. Não é interessante?

          Imagino que outras benesses semelhantes também ocorram. As ruas das cidades vazias, menos consumo desnecessário, mais interiorização mental, aumento do convívio familiar e crescimento da consciência individual caminhando para uma única conclusão: dependemos uns dos outros.

          Quando tudo isso passar, e espero que seja o mais rápido possível, se Deus permitir, podemos estar melhores, mais amigos e com mais amor. Legal, né?!

          Confirmação de um antigo ditado (como é grandiosa a sabedoria popular): há males que vêm para o bem.

          Enquanto isto, façamos a nossa parte e aceitemos a quarentena de bom grado, mas cuidado para não engordar, pois só comer e dormir depois não tem academia que dê jeito, já disse o profissional de educação física que cuida de mim nesse particular.

          Vamos em frente.

         

         
         

         

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