Já escrevi aqui tempos atrás
que não tenho amigos de infância, porque por conta das muitas mudanças de
cidades, em face da profissão do meu pai, não tive tempo de criar vínculos com
colegas de escola ou filhos de vizinhos.
Entretanto, isso não impediu
que fomentasse amizades com pessoas com quem trabalhei e, principalmente, com
irmãos e irmãs de fé. Estive em Brasília, no final de semana passado, para um
desses momentos especiais, em comemoração aos 20 anos de um acontecimento
ocorrido na religião que frequento.
Cabe aqui um parêntese para
destacar que tenho três irmãos e, apesar da distância física (cada um mora num
lugar diferente), ocasionada, até, pelos 34 anos em que morei no norte do país,
hoje em dia me sinto emocionalmente bem próximo deles e considero-os todos meus
amigos.
Voltando, então, ao mote
dessa modesta crônica. Reencontrei, na Capital Federal, uma galera querida,
alguns que não via tinha uns dez ou 15 anos, cada um com sua história de vida,
sua caminhada, modificados fisicamente pelo tempo decorrido, mas sem que esse
afastamento temporal alterasse o sentimento de união, o sorriso aberto e o
abraço caloroso.
A vida, sabemos, não é
brincadeira, e nem sempre nos sentimos fortes o suficiente para enfrentar os
dissabores ocasionados por nós mesmos ou por acontecimento fortuitos os quais,
muitas vezes, escapam de nosso controle.
Mas quando a gente se sente
amparado e vê que no turbilhão que é a existência existem aqueles que têm um só
pensamento e um só coração, a paz cobre nosso ser. É um bálsamo que cura
qualquer mágoa ou ressentimento. É uma renovação de esperança no futuro da
humanidade; Cada um construindo dentro de si um castelo de amor, haveremos de
alcançar um jeito de fazer um paraíso aqui mesmo na Terra.
A carga energética recebida
quando se vive esse tipo de experiência tem, sem dúvida, origem divina. Flui
das forças universais do bem que cobrem todo o planeta e além. É uma ligação
tão profunda que não se apaga por nada, nem com o tempo decorrido e nem com a
distância corporal. Mácula nenhuma atinge esse sentimento, que parece se
fortalecer na ausência para desabrochar na presença.
Sou eternamente grato a Deus
pela família que tenho e pelos amigos que a vida me deu. Cativar e cultivar é o
que me cabe. Espero conseguir.
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