No tempo em que eu era mais rude do que
sou hoje (meia encarnação atrás, ou seja, mais ou menos uns 30 anos) costumava
fazer uma piada machista em relação ao Dia Internacional da Mulher, que se
comemora nesta data de 08 de março.
Dizia esse pobre ignorante que por ser “internacional”
a efeméride somente deveria ser motivo de comemoração da Bolívia para lá, não
se prestando para qualquer manifestação em solo nacional. Obviamente, sorrisos
amarelos acompanhavam essa estapafúrdia declaração.
Hoje em dia tenho que me curvar perante
essas pessoas maravilhosas tão homenageadas em prosas e versos, mas que ainda
sofrem o preconceito da desigualdade econômica, da violência doméstica e da
discriminação racial.
O saudoso filósofo e artista plástico
manauara Roberto Evangelista, com sua acurada sensibilidade, foi um dos que
também, inspirado pela inteligência divina, descreveu as belezas do sexo
feminino, não físicas, mas espirituais, com rara capacidade, em diversos textos
e oratórias.
Dizia ele, por exemplo, que mulher,
companheira e mãe são três estados de graça incomparáveis, origem do carinho
que, tal como uma sombra benfazeja, traz conforto, esperança e conformação,
cujo amor é comparável às emanações da essência divina. Entendia que o corpo
feminino é uma representação da Terra e do Mar, pois sua fertilidade simboliza
a origem de todos num grande útero universal.
Inevitável, nesta pequena reflexão, lembrar
da Santíssima Virgem Maria, mãe do Verbo Encarnado, aquela que concebeu sem
mácula, que fez jus ao imensurável merecimento de ter sob seus cuidados o Filho
de Deus.
Desejo que as mulheres do mundo inteiro
possam concretizar seus anseios e sonhos numa vida mais igualitária, onde
caminhem lado a lado com os humanos do gênero masculino na construção da tão
sonhada igualdade, da justiça social e da liberdade.
Salve o Dia Internacional da Mulher,
aqui e lá!
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