terça-feira, 8 de março de 2022

Mulher

 


        No tempo em que eu era mais rude do que sou hoje (meia encarnação atrás, ou seja, mais ou menos uns 30 anos) costumava fazer uma piada machista em relação ao Dia Internacional da Mulher, que se comemora nesta data de 08 de março.

 

        Dizia esse pobre ignorante que por ser “internacional” a efeméride somente deveria ser motivo de comemoração da Bolívia para lá, não se prestando para qualquer manifestação em solo nacional. Obviamente, sorrisos amarelos acompanhavam essa estapafúrdia declaração.

 

        Hoje em dia tenho que me curvar perante essas pessoas maravilhosas tão homenageadas em prosas e versos, mas que ainda sofrem o preconceito da desigualdade econômica, da violência doméstica e da discriminação racial.

 

        O saudoso filósofo e artista plástico manauara Roberto Evangelista, com sua acurada sensibilidade, foi um dos que também, inspirado pela inteligência divina, descreveu as belezas do sexo feminino, não físicas, mas espirituais, com rara capacidade, em diversos textos e oratórias.

 

        Dizia ele, por exemplo, que mulher, companheira e mãe são três estados de graça incomparáveis, origem do carinho que, tal como uma sombra benfazeja, traz conforto, esperança e conformação, cujo amor é comparável às emanações da essência divina. Entendia que o corpo feminino é uma representação da Terra e do Mar, pois sua fertilidade simboliza a origem de todos num grande útero universal.

 

        Inevitável, nesta pequena reflexão, lembrar da Santíssima Virgem Maria, mãe do Verbo Encarnado, aquela que concebeu sem mácula, que fez jus ao imensurável merecimento de ter sob seus cuidados o Filho de Deus.

 

        Desejo que as mulheres do mundo inteiro possam concretizar seus anseios e sonhos numa vida mais igualitária, onde caminhem lado a lado com os humanos do gênero masculino na construção da tão sonhada igualdade, da justiça social e da liberdade.

 

        Salve o Dia Internacional da Mulher, aqui e lá!

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