Conheci recentemente uma jovem com o
maior nariz que já vi até hoje. O apêndice nasal da senhorita avança à frente
do rosto com força, e se destaca ainda mais porque a dita cuja é desprovida de preenchimento
adiposo, então as maçãs da face não conseguem disfarçar o tamanho daquele imenso
órgão do olfato. Mais um ou dois milímetros, ele, por força da lei da
gravidade, iria pender no rumo de baixo com tudo.
Exageros à parte tem gente com algumas
desproporcionalidades. Cabeção, por exemplo. Se o tamanho da cabeça
corresponder também a um cérebro maior, uns e outros possuem HD de última
geração. O problema é se o cara tiver motocicleta, porque aí tem que mandar
fazer o capacete sob medida. No cinema, é aquela situação: “Abaixa!”
E dedo? Já vi um cidadão com uma
chulapa de dedão que ocupa fácil a largura uma almofada de carimbo inteira,
daquelas de registrar impressão digital. O OK do rapaz pode-se dizer que é
enfático. E queixo? Tem cada um impressionante, tipo quadrado estilo tamanco
português. Se for no dentista, a área da queixada é tão grande que o odontólogo
precisa aplicar dose dupla de anestesia.
Ah, orelha. Já conheceu alguém com o
apelido de Dumbo? Pois é. Motivos óbvios. Mas tem também o contrário. Eu, por
exemplo, nas primeiras semanas de vida, meu avô materno fez a seguinte
observação: “Se Deus não presta atenção, nascia sem nariz”.
E há ainda aqueles casos de perfeição
estética. Segundo uma equação matemática conhecida como Beauty Phi,
criada pelos antigos gregos, a modelo norte-americana Bella Hadid é a mulher
que tem as feições mais simétricas entre as celebridades, incluindo formato do
rosto, tamanho e a posição dos lábios, nariz e queixo.
O cálculo da chamada Golden Ratio of Beauty
(Proporção Dourada da Beleza) foi feito com algumas famosas por uma clínica
inglesa, que usou o mapeamento facial digital. Outra bem cotada neste quesito é
Beyoncé, e em terceiro, a atriz Amber Heard. Entre as 10 mais estão Ariana
Grande, Taylor Swift, Kate Moss, Scarlett Johansson, Natalie Portman, Katy
Perry e Cara Delevigne.
Enfim, tudo isso pode ser motivo de
brincadeiras. Basta não forçar a barra, e o narigudo, o orelhudo ou o cabeçudo
ter resiliência suficiente para aguentar. Afinal, conforme diz famoso
filósofo acreano cujo nome não lembro agora, “Deus nos livra dos inimigos, mas
dos amigos não tem jeito”.
Sejamos felizes com a forma que nossos
ancestrais genéticos nos deram.
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