Tenho tido sonhos recorrentes com gente
morta. Melhor dizendo: com aqueles que não estão mais nesse plano material, que
desencarnaram e foram para o além. Meu pai e meus inesquecíveis amigos
Ivanzinho e José “Azul” Albuquerque são personagens constantes nos meus
devaneios oníricos.
O sempre citado psicanalista austríaco Sigmund
Freud, em seu livro mais conhecido A interpretação dos sonhos, publicado em 1899,
analisa os processos inconscientes, pré-conscientes e conscientes envolvidos
nos sonhos, incluindo sonhar, recordar e relatar o sonho.
Freud acreditava que os sonhos são
realizações inconscientes de nossas vontades. Sempre que temos algum desejo ao
qual não podemos realizar, o escondemos, a fim de esquecê-lo, o recalcando.
Contudo, esse desejo continua a existir em determinado lugar e continua a criar
efeitos em nós, como os sonhos.
Entretanto, essa abordagem é muito “papo
cabeça” para mim, mero aprendiz de escritor e totalmente leigo nesse ponto em
particular: a psicanálise. No mais famoso dos “sábios” da atualidade, o Dr.
Google, existem diversos sites que desvendam, sem maiores delongas, e
talvez (com certeza) sem tanta profundidade, os mistérios dos sonhos.
Ao pesquisar “significado de sonhar com
pessoas que já morreram” encontrei inúmeras respostas, entre elas: problemas e
desavenças num futuro próximo; deixar de lado amargura e tristeza; maneira de o
falecido se comunicar com você; largar o passado e pensar no futuro;
sentimentos de culpa em relação ao de cujus; cuidar melhor das amizades;
dificuldade em aceitar uma perda.
Bom,
na realidade, não sei dizer ainda quem tem razão, até porque acordo lembrando
que sonhava com alguém, A ou B, mas as imagens que vivenciava naqueles momentos
somem da memória rapidamente. Algumas vezes lembro do sonho completo, e até do
que foi conversado. Talvez seja, nessas ocasiões, o que os estudiosos do tema
chamam de “sonho lúcido”, que é um termo criado pelo holandês Frederik Willems van Eeden, no início do século XX, e se refere à percepção consciente de uma pessoa identificar que está em estado de sonho,
que está tendo uma experiência no mundo do inconsciente e não na realidade
física, resultando em uma recordação nítida/lúcida daquele instante.
Pois
é. Tantas coisas para estudar, tantas coisas para aprender. Espero por noites
mais tranquilas. Que Hipnos, o deus do sono na mitologia grega, possa me
conceder sempre um descanso tranquilo, para que Morfeu, responsável pelos
sonhos, conduza a viagem astral sem turbulências, até o dia em que Tânatos, que
personifica a morte, venha cumprir sua inevitável missão de libertar os humanos
da carne aprisionante.
Assim
seja!
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