quinta-feira, 11 de novembro de 2021

Sonhos e saudades

 


         Tenho tido sonhos recorrentes com gente morta. Melhor dizendo: com aqueles que não estão mais nesse plano material, que desencarnaram e foram para o além. Meu pai e meus inesquecíveis amigos Ivanzinho e José “Azul” Albuquerque são personagens constantes nos meus devaneios oníricos.

 

         O sempre citado psicanalista austríaco Sigmund Freud, em seu livro mais conhecido A interpretação dos sonhos, publicado em 1899, analisa os processos inconscientes, pré-conscientes e conscientes envolvidos nos sonhos, incluindo sonhar, recordar e relatar o sonho.

 

         Freud acreditava que os sonhos são realizações inconscientes de nossas vontades. Sempre que temos algum desejo ao qual não podemos realizar, o escondemos, a fim de esquecê-lo, o recalcando. Contudo, esse desejo continua a existir em determinado lugar e continua a criar efeitos em nós, como os sonhos.

 

         Entretanto, essa abordagem é muito “papo cabeça” para mim, mero aprendiz de escritor e totalmente leigo nesse ponto em particular: a psicanálise. No mais famoso dos “sábios” da atualidade, o Dr. Google, existem diversos sites que desvendam, sem maiores delongas, e talvez (com certeza) sem tanta profundidade, os mistérios dos sonhos.

 

         Ao pesquisar “significado de sonhar com pessoas que já morreram” encontrei inúmeras respostas, entre elas: problemas e desavenças num futuro próximo; deixar de lado amargura e tristeza; maneira de o falecido se comunicar com você; largar o passado e pensar no futuro; sentimentos de culpa em relação ao de cujus; cuidar melhor das amizades; dificuldade em aceitar uma perda.

 

         Bom, na realidade, não sei dizer ainda quem tem razão, até porque acordo lembrando que sonhava com alguém, A ou B, mas as imagens que vivenciava naqueles momentos somem da memória rapidamente. Algumas vezes lembro do sonho completo, e até do que foi conversado. Talvez seja, nessas ocasiões, o que os estudiosos do tema chamam de “sonho lúcido”, que é um termo criado pelo holandês Frederik Willems van Eeden, no início do século XX, e se refere à percepção consciente de uma pessoa identificar que está em estado de sonho, que está tendo uma experiência no mundo do inconsciente e não na realidade física, resultando em uma recordação nítida/lúcida daquele instante.

 

         Pois é. Tantas coisas para estudar, tantas coisas para aprender. Espero por noites mais tranquilas. Que Hipnos, o deus do sono na mitologia grega, possa me conceder sempre um descanso tranquilo, para que Morfeu, responsável pelos sonhos, conduza a viagem astral sem turbulências, até o dia em que Tânatos, que personifica a morte, venha cumprir sua inevitável missão de libertar os humanos da carne aprisionante.

 

         Assim seja!

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