quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Notícias

 


         Antigamente (essa é uma expressão típica de quem já passou dos 60 anos de idade – “na minha época” é da mesma linhagem), jornalista chegava cedo na redação e ia logo procurar os jornais do dia para ler. Hoje em dia o mundo digital permite acompanhar o noticiário com uma dedada no celular, até porque estão rareando noticiosos impressos.

 

         Peguei essa mania, e faço rotineiramente um tour pelos canais jornalísticos. Na maioria das vezes leio apenas os títulos, e somente quando o assunto carece de maiores esclarecimento clico em cima para ver/ler a matéria completa. Nesses tempos pandêmicos e de radicalismos em todo o espectro político, tem coisas que chamam a atenção.

 

         Título no UOL diz que “Senado aprova em 1º turno PEC que desobriga gasto mínimo com educação por 2 anos”. O texto explica que por conta da pandemia as escolas públicas ficaram fechadas, daí porque não há motivo para cumprir a norma constitucional de despesas obrigatórias no setor nos anos de 2020 e 2021, sendo prevista compensação dos recursos até 2023 (acredite quem quiser).

 

         Numa nação cujo investimento por aluno está abaixo da média dos países desenvolvidos, segundo estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, entidade internacional com 38 governos membros e sediada em Paris, na França, da qual o Brasil é parceiro, é de se estranhar, a meu ver, essa novidade, que põe em risco o já deficitário setor educacional estatal. Dar essa opção aos gestores públicos é abrir espaço para que, no futuro, outros cortes financeiros sejam feitos, resultando em prejuízo às gerações futuras.

 

         Dos Estados Unidos chega a informação de que a Prefeitura de Nova York vai exigir comprovante de vacinação contra a Covid-19 de todos os integrantes das delegações participantes da 76ª Assembleia Geral da ONU, sediada naquela cidade, que começará na próxima terça-feira, dia 21 de setembro. Uma lista provisória indica que 74 chefes de Estado, 33 presidentes, dois vice-primeiros-ministros e 22 chanceleres confirmaram presença.

 

         Aquele-que-não-deve-ser-nomeado anunciou que vai, sem ter sido vacinado. Será que ele vai ser barrado no baile? A conferir.

 

         E nos esportes continua o embate pela presença de público nos estádios. O Flamengo tinha obtido uma liminar autorizando a venda de ingressos, mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (acho que não existe no mundo tanto ramos de especialização judicial quanto aqui nesses trópicos) concedeu efeito suspensivo após recurso de 17 outros clubes e mandou que se aguarde a próxima realização do conselho técnico da Série A, com data para 28 de setembro.

 

         Pois é, brigas, briguinhas e brigões fazem o deleite dos leitores. Que pena. Todos se acham certos, nenhum admite a possibilidade de ter errado e assim caminha a humanidade, aos trancos e barrancos, até quando não se sabe.

 

E para terminar num clima lúdico transcrevo uma manchete amena: “Band começa obras do cenário de Faustão”.

 

Ufa, tudo resolvido.

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