Antigamente (essa é uma expressão típica
de quem já passou dos 60 anos de idade – “na minha época” é da mesma linhagem),
jornalista chegava cedo na redação e ia logo procurar os jornais do dia para ler.
Hoje em dia o mundo digital permite acompanhar o noticiário com uma dedada no
celular, até porque estão rareando noticiosos impressos.
Peguei essa mania, e faço
rotineiramente um tour pelos canais jornalísticos. Na maioria das vezes
leio apenas os títulos, e somente quando o assunto carece de maiores
esclarecimento clico em cima para ver/ler a matéria completa. Nesses tempos
pandêmicos e de radicalismos em todo o espectro político, tem coisas que chamam
a atenção.
Título no UOL diz que “Senado aprova em
1º turno PEC que desobriga gasto mínimo com educação por 2 anos”. O texto
explica que por conta da pandemia as escolas públicas ficaram fechadas, daí
porque não há motivo para cumprir a norma constitucional de despesas
obrigatórias no setor nos anos de 2020 e 2021, sendo prevista compensação dos
recursos até 2023 (acredite quem quiser).
Numa nação cujo investimento por aluno
está abaixo da média dos países desenvolvidos, segundo estudo da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, entidade internacional com 38 governos
membros e sediada em Paris, na França, da qual o Brasil é parceiro, é de se
estranhar, a meu ver, essa novidade, que põe em risco o já deficitário setor
educacional estatal. Dar essa opção aos gestores públicos é abrir espaço para
que, no futuro, outros cortes financeiros sejam feitos, resultando em prejuízo
às gerações futuras.
Dos Estados Unidos chega a informação
de que a Prefeitura de Nova York vai exigir comprovante de vacinação contra a
Covid-19 de todos os integrantes das delegações participantes da 76ª Assembleia
Geral da ONU, sediada naquela cidade, que começará na próxima terça-feira, dia
21 de setembro. Uma lista provisória indica que 74 chefes de Estado, 33
presidentes, dois vice-primeiros-ministros e 22 chanceleres confirmaram
presença.
Aquele-que-não-deve-ser-nomeado
anunciou que vai, sem ter sido vacinado. Será que ele vai ser barrado no baile?
A conferir.
E nos esportes continua o embate pela
presença de público nos estádios. O Flamengo tinha obtido uma liminar
autorizando a venda de ingressos, mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva
(acho que não existe no mundo tanto ramos de especialização judicial quanto
aqui nesses trópicos) concedeu efeito suspensivo após recurso de 17 outros
clubes e mandou que se aguarde a próxima realização do conselho técnico da
Série A, com data para 28 de setembro.
Pois é, brigas, briguinhas e brigões
fazem o deleite dos leitores. Que pena. Todos se acham certos, nenhum admite a
possibilidade de ter errado e assim caminha a humanidade, aos trancos e
barrancos, até quando não se sabe.
E para terminar num clima lúdico transcrevo uma manchete amena:
“Band começa obras do cenário de Faustão”.
Ufa, tudo resolvido.
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