Pois é, foi hoje.
Na primeira tentativa de agendamento, na
quinzena passada, com cinco minutos o site da Prefeitura não atendia
mais ninguém. Fiquei preocupado. Vá que sem a segunda dose a pessoa ainda poderia virar jacaré.
Entretanto, os munícipes não ficaram
desamparados. Anteontem a reserva de vagas foi retomada. Passei o número de
meu CPF para filhas e amigos, e todos tentamos garantir minha vez, já que não
sou sommelier de vacinas (que povo criativo, né
mesmo!?).
Pensei que
iria ficar de fora novamente, pois a página não abria quando chegava na hora de
escolher o dia e horário, e uma única vez que consegui avançar no procedimento
eletrônico apareceu a informação de que não havia mais vaga. Estava quase me
conformando a morar numa lagoa.
Para minha
surpresa, numa derradeira tentativa, visualizei que já existia agendamento para
aquele CPF. Poucos minutos depois, minha filha mais velha mandava um “zap”
dizendo que tinha agendado a vacinação para hoje, 16 de julho, às 8h38, uma semana antes do
meu aniversário. Que beleza.
Sou daqueles
que não gosta de chegar atrasado na estação, a exemplo dos nossos vizinhos
mineiros, e pouco depois das 8h10 já estava no local indicado. Uma ligeira
aglomeração ocupava a frente do ginásio de esportes escolhido, onde um rapaz
com voz empostada ia proclamando: 8h15, 8h18, 8h30 e assim por diante.
Ao ser
anunciado meu horário, ordeiramente procurei a fila correspondente, onde estava
sendo feita uma conferência documental. Uma futura técnica de enfermagem,
conforme constava no bolso do jaleco, olhou para meu cartão de vacinação e fez
aquela cara de que algo estava errado. “O que foi?”, perguntei.
A moça, com
aquele ar de quem foi colocada ali sem treinamento ou maiores explicações do
que fazer, disse que a AstraZeneca, o imunizante da primeira dosagem, tinha
acabado. Não poderia ser atendido. “Comequeé?”, exclamei, completamente incrédulo.
Sem querer ter viagem perdida, e já quase irritado, chamei outra atendente.
Essa me mandou seguir em frente. “Lá no box 6 eles sabem”, disse.
O dito box 6
era outra fila. Ao ser atendido, viram meu cadastro, registraram no cartão a
segunda dose (nem comentaram nada) e passei para uma terceira fila. Quando me
vi frente a frente com a seringa, perguntei se era a mesma da primeira dose.
Havendo confirmação, relaxei e entreguei o braço direito ao vacinador. Pronto. Serviço
completo.
Fui para o
carro me sentindo um sobrevivente. Eis-me de volta ao pleno convívio social?
Adeus máscaras? Podemos abraçar e beijar novamente, bastando, para tanto,
apresentar o cartão com as duas doses? Só que não. Avançamos, mas ainda não
terminou, de acordo com os cientistas estudiosos do assunto (por favor, não me
venham com teorias conspiratórias).
É preciso
reconhecer que, apesar de o período negacionista ter complicado as coisas, os
estados e municípios estão fazendo a sua parte.
Vamos em
frente, que dias melhores se aproximam. Com rapidez.
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