Quero aproveitar a oportunidade,
considerando que ainda estamos apenas no quinto dia do dito Ano Novo, para
desejar aos meus poucos (ainda) porém fiéis leitores que os próximos meses
sejam plenos de felicidades, dinheiro no bolso e.....saúde.
Depois das inusitadas ocorrências
registradas em 2020, espera-se que esse atual período possa trazer
possibilidades melhores. Afinal, pior do que estava não dá mais, né mesmo!?
Fala-se numa segunda onda de uma
mutação do coronavírus, mas, ao mesmo tempo, existe a dadivosa notícia das
vacinas que estão sendo alardeadas nos quatro cantos do mundo, caso alguma seja
autorizada a ser aplicada em Pindorama, onde os morubixabas inconsequentes continuam
numa discussão inútil sobre quem trouxe, ou trará, primeiro o imunizante.
Nesse meio tempo, vivencia-se o auge
da temporada do verão, com milhares, para não dizer milhões, de pessoas, ao
longo do extenso litoral brasileiro, disputando palmo a palmo espaço nas areias
das praias lotadas, obviamente sem nenhuma preocupação com uso de máscaras ou coisa
parecida.
Especialistas, acusados de alarmistas
e propagadores do caos e da derrocada econômica, dizem que a consequência de tanta
despreocupação social será sentida em fevereiro ou março, com o aumento dos
casos da COVID-19. Espero que não, mas confesso meu medo de que eles tenham
razão. Governos menos preparados (sentiram o sarcasmo) em países europeus
voltaram a decretar o famoso lockdown.
Contudo, deixemos essas mazelas para
lá. Estou procurando fazer a minha parte. Esses dias, no prédio onde moro,
barrei um folgado sem máscara de entrar junto comigo no elevador, apontando
para um aviso em letras graúdas e cores vivas instruindo que o uso coletivo do equipamento
está restrito às pessoas da mesma família. Espero não ouvir nenhuma reclamação
na próxima reunião do condomínio.
E o Ano Novo? Pois é. Infelizmente,
para a grande maioria é apenas mais um feriadão e tão somente uma outra oportunidade
de encher a cara (na manhã do dia 1º, por exemplo, ao fazer minha caminhada
matinal, me deparei com inúmeros embriagados, e até presenciei uma cena
deprimente de uma mulher jovem vomitando na rua amparada por duas, imagino, amigas).
Restam mais 360 dias. Em cada um deles
temos a oportunidade de crescer, nos transformar para melhor, contribuindo para
uma construção solidária em prol da comunidade onde estamos inseridos. De que
maneira? Simplesmente cuidando da gente e de quem amamos, pois a esperança de
dias melhores é um sentimento bom de guardar, mas precisa ser amparada pela
prática renovadora de ações edificantes para que no próximo (passa rápido, já
perceberam?) 31 de dezembro tenhamos condições de ser/estar pessoas melhores.
No dizer do educador Paulo Freire: “É
preciso ter esperança, mas esperança do verbo esperançar, porque tem gente que
tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é
espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é
construir, esperançar é não desistir. Esperançar é levar adiante, esperançar é
juntar-se com outros para fazer de outro modo”. Assim seja, com a graça de Deus.
Vamos em frente que atrás vem gente.
Viva 2021!
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