terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Tudo, ou quase, de novo

 

          Quero aproveitar a oportunidade, considerando que ainda estamos apenas no quinto dia do dito Ano Novo, para desejar aos meus poucos (ainda) porém fiéis leitores que os próximos meses sejam plenos de felicidades, dinheiro no bolso e.....saúde.

 

          Depois das inusitadas ocorrências registradas em 2020, espera-se que esse atual período possa trazer possibilidades melhores. Afinal, pior do que estava não dá mais, né mesmo!?

 

          Fala-se numa segunda onda de uma mutação do coronavírus, mas, ao mesmo tempo, existe a dadivosa notícia das vacinas que estão sendo alardeadas nos quatro cantos do mundo, caso alguma seja autorizada a ser aplicada em Pindorama, onde os morubixabas inconsequentes continuam numa discussão inútil sobre quem trouxe, ou trará, primeiro o imunizante.

 

          Nesse meio tempo, vivencia-se o auge da temporada do verão, com milhares, para não dizer milhões, de pessoas, ao longo do extenso litoral brasileiro, disputando palmo a palmo espaço nas areias das praias lotadas, obviamente sem nenhuma preocupação com uso de máscaras ou coisa parecida.

 

          Especialistas, acusados de alarmistas e propagadores do caos e da derrocada econômica, dizem que a consequência de tanta despreocupação social será sentida em fevereiro ou março, com o aumento dos casos da COVID-19. Espero que não, mas confesso meu medo de que eles tenham razão. Governos menos preparados (sentiram o sarcasmo) em países europeus voltaram a decretar o famoso lockdown.

 

          Contudo, deixemos essas mazelas para lá. Estou procurando fazer a minha parte. Esses dias, no prédio onde moro, barrei um folgado sem máscara de entrar junto comigo no elevador, apontando para um aviso em letras graúdas e cores vivas instruindo que o uso coletivo do equipamento está restrito às pessoas da mesma família. Espero não ouvir nenhuma reclamação na próxima reunião do condomínio.

 

          E o Ano Novo? Pois é. Infelizmente, para a grande maioria é apenas mais um feriadão e tão somente uma outra oportunidade de encher a cara (na manhã do dia 1º, por exemplo, ao fazer minha caminhada matinal, me deparei com inúmeros embriagados, e até presenciei uma cena deprimente de uma mulher jovem vomitando na rua amparada por duas, imagino, amigas).

 

          Restam mais 360 dias. Em cada um deles temos a oportunidade de crescer, nos transformar para melhor, contribuindo para uma construção solidária em prol da comunidade onde estamos inseridos. De que maneira? Simplesmente cuidando da gente e de quem amamos, pois a esperança de dias melhores é um sentimento bom de guardar, mas precisa ser amparada pela prática renovadora de ações edificantes para que no próximo (passa rápido, já perceberam?) 31 de dezembro tenhamos condições de ser/estar pessoas melhores.

 

          No dizer do educador Paulo Freire: “É preciso ter esperança, mas esperança do verbo esperançar, porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir. Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo”. Assim seja, com a graça de Deus.

 

          Vamos em frente que atrás vem gente. Viva 2021!

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