quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Chegaram

 


          Eis que não mais de que de repente elas chegaram, as tão esperadas vacinas contra o coronavírus.

 

          O que parecia um sonho de uma noite de verão tornou-se realidade, apesar de as disputas palacianas perdurarem entre aqueles mais preocupados com seu próprio futuro político do que com o bem-estar da população.

 

          Tomar vacina ou injeção é uma coisa que não é das mais populares, apesar do famoso ditado de que “de graça até injeção na testa”. Brincadeiras à parte, qualquer um mais, digamos, experiente lembra das vacinações obrigatórias do tempo de criança. Eu, por exemplo, tenho até hoje um sinal no braço esquerdo proveniente da campanha contra varíola, uma pequena cicatriz redonda mais baixa do que a pele ao redor.

 

          Depois de toda a confusão sobre quem compra, quem faz, quem aplica o imunizante contra a COVID-19, a discussão agora é sobre os estoques disponíveis para atendimento à maioria da população.

 

A Índia não parece disposta a vender para o Brasil a vacina feita pelo consórcio Oxford/AstraZeneca, o que faz a mídia insuflar manchetes de que a propalada imunidade do rebanho somente acontecerá em meados de 2022. Vamos ter que nos arranjar com a vacina chinesa, a vacina do Dória, aquela que não seria comprada de jeito nenhum, que os marqueteiros oficiais brasilienses estão, agora, denominando “vacina do Brasil”.

 

          Que situação, hein!?

 

          Mas, apesar dos pesares, avista-se uma luz no final do túnel. Com o início da aplicação da CoronaVac – apesar do repúdio dos negacionistas -, renovam-se as esperanças de que poderemos, o mais breve possível, romper essa barreira sanitária que desde março do ano passado impacta o mundo.

 

          Os incrédulos que me desculpem, mas é preciso dar crédito à Ciência (com c maiúsculo) e aos cientistas. Não tenham medo de virar jacaré ou coisa parecida. Até onde se sabe, só nos livros de ficção existem essas fantasias mirabolantes.  

 

          Estou à disposição. Quando chegar minha vez, é só me chamar.

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