Dias chuvosos à beira-mar deixam as pessoas tristonhas.
As cores verde e azul do oceano são substituídas por
opacos tons cinzas. O horizonte fica enevoado e o brilho majestoso da aurora é
encoberto por nuvens cheias de água.
O vento sul sopra com vontade, assobiando no pé da janela
e querendo transformar a primavera em um inverno prolongado. O mar ressacado joga-se
com força em cima dos rochedos espargindo grossas ondas de espumas brancas.
As areias ficam vazias, e nem os pescadores mais
experientes se animam a colocar as embarcações para navegar. É como se o tempo
parasse, à espera de que tudo volte ao seu jeito natural.
A vida da gente também é assim. Tem momentos de euforia,
ocasiões mais para baixo e sequências de equilíbrio, que deve ser a maneira
correta de agir. A constância no domínio das nossas emoções permite que nos sintamos
bem seja frio ou calor, noite ou dia. Inexiste dualidade neste ponto de plenitude.
Ter
uma mesma atitude em todas as ocasiões garante total harmonia, evitando que
sejamos causa de perturbação dos outros ou que fiquemos incomodados com alguém.
Dessa maneira, sofrendo ou tendo prazer, nos livramos dos medos e das angústias,
sem rejeitar ou desejar coisa nenhuma.
Parece
fácil, falando assim, mas não é. Porém, só nos restar fazer deste objetivo um
exercício diário da academia da vida, onde alcançar a paz com todos é o maior desafio.
E
nesse final de tarde, o sol rompe brilhante as nébulas embaçadas e derrama seus
raios vigorosos nas encostas da Serra do Mar, tal qual uma cachoeira de luz.
É
possível que dê praia no final de semana.
Aleluia!
Chego lá!
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