sexta-feira, 2 de maio de 2025

Maio

 

 

“Azul do céu brilhou/ E o mês de maio enfim chegou/ Olhos vão se abrir para tanta cor/ É mês de maio, a vida tem seu esplendor”.

 

E assim canta Almir Sater nessa linda composição intitulada exatamente Mês de maio, coautoria com Paulo Simões.

 

Maio é o mês que tem duas regências – Touro e Gêmeos. Além disso, é o quinto mês do calendário gregoriano e o terceiro dos sete que têm 31 dias. Em latim escreve-se Maius, em homenagem à deusa grega da fertilidade Maya.

 

Para o catolicismo, é totalmente dedicado à Virgem Maria, por conta da primeira aparição de Nossa Senhora, em 13 de maio de 1917, às três crianças pastores em Fátima, Portugal. Anos antes, mas no mesmo dia, aqui no Brasil, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que aboliu a inominável escravidão em solo pátrio. E mais anteriormente ainda, em 20 de maio de 1498, o navegador português Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia.

 

Entre as datas comemorativas destaca-se o Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho, logo no 1º de maio, efeméride com nuances históricas e políticas que remontam à uma greve de operários, em 1886, em Chicago, nos Estados Unidos. Muita água passou por debaixo da ponte e o que era para ser um momento de luta e reflexões por direitos da classe operária virou um feriado na base de churrasco e cerveja.

 

Enfim, vida que segue, até porque a inexorável marcha do tempo não permite muitas divagações e arrodeios e ilações metafísicas. Já estamos no quinto mês de 2025 e tudo permanece como dantes no quartel de Abrantes, com as mesmas notícias antigas se repetindo de corrupção, desvios e/ou privilégios de uma forma tão generalizada em todos os poderes da República que ninguém sabe se vivemos uma farsa ou é apenas um pesadelo que vai passar quando acordarmos.

 

Melhor mesmo é cantar: “Oi, meu irmão, fique certo/ Não demora e vai chegar/ Aquele vento mais brando/ E aquele claro luar/ Que por dentro desta noite/ Te ajudarão a voltar/ Monte em seu cavalo baio/ Que o vento já vai soprar/ Vai romper o mês de maio/ Não é hora de parar/ Galopando na firmeza/ Mais depressa vais chegar (Vento de maio, Torquato Neto).

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