quinta-feira, 8 de maio de 2025

Conclave

 

Não, não estou falando do filme de mesmo nome que vem fazendo sucesso num desses canais de streaming. Me refiro à reunião dos cardeais católicos realizada no Vaticano que aconteceu nos últimos dois dias para a escolha do sucessor do argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, recentemente falecido.

 

A famosa frase latina habemus papam foi pronunciada nessa tarde (08/05/25), no horário de Brasília, pelo protodiácono Ângelo Mamberti, para aplausos de uma multidão que lotava a Praça de São Pedro. Após três votações inconclusas, a fumaça branca subiu pela chaminé da Capela Sistina: o líder de 1,4 bilhão de católicos (estimativa) tinha sido escolhido.

 

Desta feita, o agraciado com pelo menos 89 votos dos 133 eleitores foi o cardeal norte-americano, naturalizado peruano, Robert Francis Prevost, que escolheu o nome de Leão XIV. Anteriormente, ocupava, na Cúria Romana, os cargos de prefeito do Dicastério para os Bispos (órgão responsável pela nomeação de bispos) e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. Em seu primeiro pronunciamento, pediu paz no mundo.

 

Por ordem superior (minha mãe) frequentava missa na minha infância e início da adolescência. Fui batizado e até crismado, mas atualmente (e já se vão 40 anos) sigo outra denominação religiosa, de caráter espírita, cristã e reencarnacionista. Mas nada tenho contra o Catolicismo ou qualquer outra religião. Entendo que todas cumprem o importante papel de manter um ligação da humanidade com Deus ou Alá ou Adonai (Jeová), e até mesmo Buda ou no hinduísmo com suas inúmeras divindades. Para mim, todos formam um único e mesmo Criador.

 

Sabemos que ainda não somos perfeitos. Falhas existem em todos, e como seres humanos estamos passíveis de erros. O Catolicismo (e as demais religiões também) enfrentou muitos problemas com denúncias de abusos sexuais, desvio de recursos e homossexualidade. Uma das regras que vejo como das mais difíceis é a do celibato clerical – a sexualidade, a meu ver, é uma condição inerente tanto ao homem quanto à mulher. No popular: difícil de segurar.

 

Entretanto, todas, entre lideranças e praticantes, acredito, têm pessoas de bem, que verdadeiramente buscam servir ao próximo, considerando a prática da caridade uma verdadeira demonstração do amor de Jesus Cristo. Trabalhos sociais relevantes acontecem no mundo todo, e a prática da fé tem sido um bálsamo para muitos que sofrem ou sofreram com as agruras da vida terrena. Além disso, valores éticos e de respeito importantes (a família, por exemplo) estão presentes, orientando a conduta de uma sociedade.

 

É claro que numa estrutura enorme igual a da Igreja Católica Apostólica Romana muitos são os interesse escondidos, e a estrutura de poder se movimenta, quase sempre, para manter o status quo. Porém, toda renovação, a princípio, é válida.

Que o novo pontífice efetivamente contribua, conforme manifestou no seu primeiro pronunciamento, para a paz mundial, mas lembrando que ela começa primeiro dentro de cada um de nós.

 

Assim seja!

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