Não,
não estou falando do filme de mesmo nome que vem fazendo sucesso num desses
canais de streaming. Me refiro à reunião dos cardeais católicos realizada no
Vaticano que aconteceu nos últimos dois dias para a escolha do sucessor do
argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, recentemente falecido.
A
famosa frase latina habemus papam foi pronunciada nessa tarde (08/05/25),
no horário de Brasília, pelo protodiácono Ângelo Mamberti, para aplausos de uma
multidão que lotava a Praça de São Pedro. Após três votações inconclusas, a
fumaça branca subiu pela chaminé da Capela Sistina: o líder de 1,4 bilhão de católicos
(estimativa) tinha sido escolhido.
Desta
feita, o agraciado com pelo menos 89 votos dos 133 eleitores foi o cardeal
norte-americano, naturalizado peruano, Robert Francis Prevost, que escolheu o
nome de Leão XIV. Anteriormente, ocupava, na Cúria Romana, os cargos de prefeito do
Dicastério para os Bispos (órgão responsável pela nomeação de bispos) e
presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina. Em seu primeiro
pronunciamento, pediu paz no mundo.
Por
ordem superior (minha mãe) frequentava missa na minha infância e início da
adolescência. Fui batizado e até crismado, mas atualmente (e já se vão 40 anos)
sigo outra denominação religiosa, de caráter espírita, cristã e reencarnacionista.
Mas nada tenho contra o Catolicismo ou qualquer outra religião. Entendo que
todas cumprem o importante papel de manter um ligação da humanidade com Deus ou
Alá ou Adonai (Jeová), e até mesmo Buda ou no hinduísmo com suas inúmeras
divindades. Para mim, todos formam um único e mesmo Criador.
Sabemos
que ainda não somos perfeitos. Falhas existem em todos, e como seres humanos estamos
passíveis de erros. O Catolicismo (e as demais religiões também) enfrentou
muitos problemas com denúncias de abusos sexuais, desvio de recursos e
homossexualidade. Uma das regras que vejo como das mais difíceis é a do celibato
clerical – a sexualidade, a meu ver, é uma condição inerente tanto ao homem
quanto à mulher. No popular: difícil de segurar.
Entretanto,
todas, entre lideranças e praticantes, acredito, têm pessoas de bem, que
verdadeiramente buscam servir ao próximo, considerando a prática da caridade
uma verdadeira demonstração do amor de Jesus Cristo. Trabalhos sociais
relevantes acontecem no mundo todo, e a prática da fé tem sido um bálsamo para
muitos que sofrem ou sofreram com as agruras da vida terrena. Além disso,
valores éticos e de respeito importantes (a família, por exemplo) estão
presentes, orientando a conduta de uma sociedade.
É
claro que numa estrutura enorme igual a da Igreja Católica Apostólica Romana
muitos são os interesse escondidos, e a estrutura de poder se movimenta, quase
sempre, para manter o status quo. Porém, toda renovação, a princípio, é
válida.
Que
o novo pontífice efetivamente contribua, conforme manifestou no seu primeiro
pronunciamento, para a paz mundial, mas lembrando que ela começa primeiro
dentro de cada um de nós.
Assim
seja!
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