Desde março de 2020, quando a pandemia da
COVID-19 se instalou oficialmente no Brasil, onde haviam, na época, 21 mil
casos confirmados e 1.200 mortes, passei incólume por qualquer tipo de sintoma
do novo coronavírus. Se tive alguma coisa, não fiquei sabendo.
Recebi na campanha das duas doses
regulares da vacina, em 22/04/21 e 16/07/21, respectivamente, a famosa
AstraZeneca, que, dizem, os chineses espalharam pelo mundo como parte de um
complô de dominação genética, e aderi ao reforço oferecido. Tomei a terceira
dose em 03/12/21, desta vez a Pfizer-Biontech.
Mais recentemente,
precisamente em 28/05/22, aceitei uma quarta dose, novamente o imunizante da
Fiocruz, combinada com uma agulhada contra a Influenza. Aí o bicho pegou. Os primeiros
dias foram tranquilos, mas junho começou com temperaturas mais baixas no
ambiente externo, enquanto internamente me sentia moído.
Atravessei o decêndio inicial do mês com muita
tosse, dor no corpo e catarro como nunca tive na vida, pelo menos que me
lembre. Fui aguentando com um xarope caseiro, um chá indicado por alguém e
algum antitérmico oferecido por aquele balconista de farmácia conhecido.
Fiquei ligeiramente assustado, porém, quando
numa dessas manhãs enevoadas neste final de outono, ao fazer o asseio matutino,
expeli uma placa de catarro grossa numa mistura de verde escuro e vermelho
vivo. Achei necessário, então, procurar auxílio médico.
Nesta aprazível cidade litorânea onde
moro atualmente, temos as UPAs – Unidades de Pronto Atendimento, mantidas pelo
poder púbico, e um único hospital, que, segundo comentário popular, não é
recomendado como padrão. Melhor pagar pedágio e viajar 60 quilômetros até a
capital. Mesmo assim, resolvi arriscar.
Com minha carteirinha do convênio
enfrentei as três indecisas atendentes (uma empurrando o serviço para outra) e
a longa fila de espera, como se estivesse num SUS particular. Mais de uma hora
depois fui chamado ao consultório, esperei uns 10 minutos a médica terminar
algo parecido com um relatório, fui examinado e encaminhado para o raio-X.
Diagnóstico: sinusite.
Entretanto, numa louvável precaução, a
profissional achou por bem me encaminhar também para fazer o conhecido (menos
para mim) teste rápido de antígeno nasal. A enfermeira, com um longo cotonete
um tanto incômodo, colheu secreção do nariz e com outro pegou saliva bucal. Fui
para casa naquela ansiedade: sim ou não? Resultado: não detectado.
Dessa maneira, tomei os antibióticos
receitados e escapei de fazer parte das sombrias estatísticas de casos
confirmados da COVID-19 no país. Foi só uma gripe forte. Menos mal. Acho que
hoje, nesse dia consagrado a Santo Antônio, volto à musculação. Preciso dar continuidade
ao projeto “tanquinho atlético”.
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