segunda-feira, 13 de junho de 2022

Quase minha vez

 


        Desde março de 2020, quando a pandemia da COVID-19 se instalou oficialmente no Brasil, onde haviam, na época, 21 mil casos confirmados e 1.200 mortes, passei incólume por qualquer tipo de sintoma do novo coronavírus. Se tive alguma coisa, não fiquei sabendo.

 

        Recebi na campanha das duas doses regulares da vacina, em 22/04/21 e 16/07/21, respectivamente, a famosa AstraZeneca, que, dizem, os chineses espalharam pelo mundo como parte de um complô de dominação genética, e aderi ao reforço oferecido. Tomei a terceira dose em 03/12/21, desta vez a Pfizer-Biontech.

 

 Mais recentemente, precisamente em 28/05/22, aceitei uma quarta dose, novamente o imunizante da Fiocruz, combinada com uma agulhada contra a Influenza. Aí o bicho pegou. Os primeiros dias foram tranquilos, mas junho começou com temperaturas mais baixas no ambiente externo, enquanto internamente me sentia moído.

 

Atravessei o decêndio inicial do mês com muita tosse, dor no corpo e catarro como nunca tive na vida, pelo menos que me lembre. Fui aguentando com um xarope caseiro, um chá indicado por alguém e algum antitérmico oferecido por aquele balconista de farmácia conhecido.

 

Fiquei ligeiramente assustado, porém, quando numa dessas manhãs enevoadas neste final de outono, ao fazer o asseio matutino, expeli uma placa de catarro grossa numa mistura de verde escuro e vermelho vivo. Achei necessário, então, procurar auxílio médico.

 

        Nesta aprazível cidade litorânea onde moro atualmente, temos as UPAs – Unidades de Pronto Atendimento, mantidas pelo poder púbico, e um único hospital, que, segundo comentário popular, não é recomendado como padrão. Melhor pagar pedágio e viajar 60 quilômetros até a capital. Mesmo assim, resolvi arriscar.

 

        Com minha carteirinha do convênio enfrentei as três indecisas atendentes (uma empurrando o serviço para outra) e a longa fila de espera, como se estivesse num SUS particular. Mais de uma hora depois fui chamado ao consultório, esperei uns 10 minutos a médica terminar algo parecido com um relatório, fui examinado e encaminhado para o raio-X. Diagnóstico: sinusite.

 

        Entretanto, numa louvável precaução, a profissional achou por bem me encaminhar também para fazer o conhecido (menos para mim) teste rápido de antígeno nasal. A enfermeira, com um longo cotonete um tanto incômodo, colheu secreção do nariz e com outro pegou saliva bucal. Fui para casa naquela ansiedade: sim ou não? Resultado: não detectado.

 

        Dessa maneira, tomei os antibióticos receitados e escapei de fazer parte das sombrias estatísticas de casos confirmados da COVID-19 no país. Foi só uma gripe forte. Menos mal. Acho que hoje, nesse dia consagrado a Santo Antônio, volto à musculação. Preciso dar continuidade ao projeto “tanquinho atlético”.

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