segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Liberou geral

 


         Pessoal, a maré ainda não está para peixe, mas a galera já resolveu, por conta própria, que o uso da máscara deixou de ser obrigatório, ou seja, o “novo normal” voltou a ser o “velho normal”. Fora os estabelecimentos comerciais, clínicas e similares nas ruas e nas praias apenas uma minoria mantém o uso do, digamos, equipamento.

 

         Realmente, admito, não é do nosso feitio cumprir ordens ou atender comandos sanitários, especialmente com o exemplo que emana do Planalto Central. Reconheço também que cobrir nariz, boca e queixo com aquele pedaço de pano é um tanto incômodo, principalmente nesta época do ano em que os termômetros disparam no rumo de cima.

 

         É lamentável, porém, acompanhar o noticiário e ver tantas (des)informações de brigas causadas entre aqueles que usam máscaras e os que dizem que isso não é necessário. E dizer “briga” não é uma metáfora ou coisa parecida. Já ocorreram casos de agressões físicas literais, tudo por causa dessa polarização imbecil que tomou conta do país. Imaginem quando começar a campanha política de 2022.

 

         Paira no ar a ameaça da Ômicron, que é a variante do coronavírus que apresenta mais mutações, por isso colocou o mundo em alerta novamente. Ela possui cerca de 50 mutações em comparação com as 26 do vírus original. Por conta disso, discute-se se as festas de final de ano serão liberadas e se os eventos carnavalescos poderão ser realizados.

 

         Em tese, estou imunizado, pois já tomei até a dose de reforço. Na prática, espero que a teoria seja uma realidade. O que me preocupa é a continuidade dessa bagunça institucional entre os entes federados, que permanecem remando cada um pra um lado e brincando com a saúde da população, que, infelizmente, não deixou de ser massa de manobra para que interesses escusos e duvidosos sejam atendidos. Vide o tal orçamento secreto das emendas parlamentares, como se fosse cabível o dinheiro público ter uso oculto.

 

         Diz um amigo meu que todo cuidado reunido do mundo ainda é pouco. Dessa maneira, mantenho meu estoque de máscaras (já tenho umas sete ou oito) operacional e à mão para qualquer eventualidade. Não estou com pressa de subir para o andar de cima. Quero prolongar meus dias, pois tenho umas coisitas por acertar antes de partir. E se preciso for para tal desiderato, mascarado ficarei, amparado no manto da ciência, cuja origem divina há de ser reconhecida um dia.

 

         Até lá, amigos, aproveitemos para aprender a nos conhecermos pelo olhar, cuja brilho paira acima de qualquer cobertura facial, conforme relatado na tradição cristã das homenagens à Santa Luzia, cujo martírio é relembrado nesta data – 13 de dezembro.

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