Pessoal, a maré ainda não está para peixe, mas
a galera já resolveu, por conta própria, que o uso da máscara deixou de ser
obrigatório, ou seja, o “novo normal” voltou a ser o “velho normal”. Fora os
estabelecimentos comerciais, clínicas e similares nas ruas e nas praias apenas
uma minoria mantém o uso do, digamos, equipamento.
Realmente, admito, não é do nosso
feitio cumprir ordens ou atender comandos sanitários, especialmente com o
exemplo que emana do Planalto Central. Reconheço também que cobrir nariz, boca
e queixo com aquele pedaço de pano é um tanto incômodo, principalmente nesta
época do ano em que os termômetros disparam no rumo de cima.
É lamentável, porém, acompanhar o
noticiário e ver tantas (des)informações de brigas causadas entre aqueles que usam
máscaras e os que dizem que isso não é necessário. E dizer “briga” não é uma
metáfora ou coisa parecida. Já ocorreram casos de agressões físicas literais,
tudo por causa dessa polarização imbecil que tomou conta do país. Imaginem
quando começar a campanha política de 2022.
Paira no ar a ameaça da Ômicron, que é a
variante do coronavírus que apresenta mais mutações, por isso colocou o mundo
em alerta novamente. Ela possui cerca de 50 mutações em comparação com as 26 do
vírus original. Por conta disso, discute-se se as festas de final de ano serão
liberadas e se os eventos carnavalescos poderão ser realizados.
Em tese, estou imunizado, pois já tomei
até a dose de reforço. Na prática, espero que a teoria seja uma realidade. O que
me preocupa é a continuidade dessa bagunça institucional entre os entes
federados, que permanecem remando cada um pra um lado e brincando com a saúde da
população, que, infelizmente, não deixou de ser massa de manobra para que
interesses escusos e duvidosos sejam atendidos. Vide o tal orçamento secreto
das emendas parlamentares, como se fosse cabível o dinheiro público ter uso
oculto.
Diz um amigo meu que todo cuidado
reunido do mundo ainda é pouco. Dessa maneira, mantenho meu estoque de máscaras
(já tenho umas sete ou oito) operacional e à mão para qualquer eventualidade.
Não estou com pressa de subir para o andar de cima. Quero prolongar meus dias,
pois tenho umas coisitas por acertar antes de partir. E se preciso for para tal
desiderato, mascarado ficarei, amparado no manto da ciência, cuja origem divina
há de ser reconhecida um dia.
Até lá, amigos, aproveitemos para aprender
a nos conhecermos pelo olhar, cuja brilho paira acima de qualquer cobertura
facial, conforme relatado na tradição cristã das homenagens à Santa Luzia, cujo
martírio é relembrado nesta data – 13 de dezembro.
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