Eu estava
numa floresta, mas
não tinha a
mínima ideia de
como tinha ido parar
lá.
De repente,
percebi que havia
um bicho saindo
de um riacho próximo do local onde me
encontrava. Olhei bem e
vi que era
uma preguiça,
tamanho médio, com
unhas enormes e
aquela cara de
quem estava com.....preguiça. Lentamente,
arrastou-se na minha
direção, e ouvi uma
voz fina e
tranquila dizer: "Não
tenha medo. Não
vou lhe fazer
mal". Procurei quem
falava. Para minha
surpresa, era a
preguiça. "Sim, sou
eu", afirmou, balançando
a cabeça e
ficando à minha
frente. "Não sabia
que animais falavam",
disse só para
puxar assunto e
entender o que
estava acontecendo.
- Sim, falamos,
mas não são
todos que querem
nos ouvir".
Estendendo a
pata peluda em
minha direção, perguntou:
"Quer passear?". Pensei em
recusar, mas naquela
situação não fazia
muita diferença. Segurei
na “mão” do
bicho e, num instante,
voávamos mansamente sobre
a floresta. Abaixo
de nós, víamos
a vegetação, outros
animais e, também,
enormes áreas queimadas,
devastadas, espaços vazios
onde a vida
estava se extinguindo.
Percorremos grandes distâncias
em poucos segundos.
Na volta
ao ponto inicial
da jornada, a
preguiça, em tom
de despedida, disse:
"Essa é a nossa
casa que está
sendo destruída. Nos
ajude a preservá-la.
Fale com seus
amigos e amigas. Seja
a nossa voz”.
Abraçou o tronco
de uma árvore e iniciou
a escalada para
os galhos onde iria
passar a noite.
E eu?
Bem, acordei. Foi
tudo um sonho,
mas toda a
vez que me
lembro paro para
pensar: o que
posso fazer para
ajudar a minha
amiga preguiça?
(*)
Texto de autoria de minha neta Alice Pacheco Fernandes, 12 anos, para um
trabalho escolar.
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