domingo, 9 de maio de 2021

Dia das Mães

 


         Eis que o segundo domingo de maio chegou. Após dois dias de intensas chuvas e vendavais, o céu refulge no espaço infinito anunciando a volta do Sol, quem sabe para também homenagear aquelas que, conforme se sabe, só existe uma, pelo menos biologicamente falando.

 

         Nessa manhã de suave brilho característico do período outonal, famílias inteiras segregadas pela pandemia tentam reativar, mesmo que virtualmente, laços de união anteriormente menosprezados, aflorados por conta da distância física forçada e impulsionados pelo medo causado pela notícia de mais de 400 mil perdas.

 

         Aqueles já vacinados e mais confiantes (ou mais afoitos) organizam um café da manhã reforçado ou o tradicional almoço especial, onde filhos e netos, genros e noras fazem loas à rainha do lar, para usar uma expressão tradicional do século passado.

 

         Tudo muito bem, tudo muito legal. A exemplo do Natal, o Dias das Mães, em tempos mais recentes, foi caracterizado como uma data comercial, o que não deixa de ser verdade, mas podemos, a meu ver, relevar esse aspecto. Essas, digamos, efemérides servem para dar um destaque a pessoas ou situações que, na correria cotidiana, passam desapercebidas, pois a rotina tende a banalizar ou se dar menos importância àquilo que merece nossa atenção.

 

         Mas o que se deve reconhecer, sem dúvida, é que a mulher que se dispõe a carregar em seu ventre, durante meses, o embrião/feto, desde a concepção até o nascimento, de um novo ser, demonstra um ato intenso de doação inigualável, comparável ao amor divino. E depois toda aquela dedicação, cuidado e paciência num trabalho que parece que não termina nunca.

 

         Fico imaginando quão árdua era a labuta daquelas senhoras que tinham filhos e filhas praticamente sem intervalo entre uma gravidez e outra, gerando dez, doze ou mais crianças. E de outras que não abandonam descendentes com alguma deficiência, seja física ou mental. Não é brincadeira, não é para ser esquecido.

 

         Talvez, por isso, é que já cantaram: “Verdadeiro amor/que se tem na vida/só existe um/é o da nossa mãe querida (Mãe é sempre mãe, Bezerra da Silva).

 

         Que a sublime mãe do Verbo Encarnado, a Virgem da Conceição, cubra a todas essas abnegadas com seu manto de candura e luz, agora e sempre.

 

         Feliz Dia das Mães!

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