E eis que os ventos carnavalescos trouxeram
novamente a horda de invasores.
Praias lotadas, trânsito insuportável,
ruas interditadas para a folia de Momo e sujeira para todo lado. Quem anda de
manhã cedinho no calçadão (conforme é meu caso, às vezes) se depara com a prova
da incivilidade desse povo: garrafas espalhadas (algumas até quebradas), copos
descartáveis, sacos plásticos e outros tipos de lixo. Tudo jogado no chão. Os
garis da Prefeitura têm trabalho dobrado.
Mineiros, cariocas e paulistas, além
dos próprios capixabas, contribuem para a bagunça. As placas dos carros (a não
ser aquelas novas, do Mercosul) indicam a origem dos baderneiros (não todos os visitantes, é
claro): Muriaé/MG, Campos dos Goytacazes/RJ, Barueri/SP, Belo Horizonte/MG,
Itabapoana/RJ e outras inúmeras localidades, sem contar as próprias cidades do
Espírito Santo, tipo Serra, Viana, Cariacica, Linhares, Colatina, etc.
Porém, as campeãs de distância foram
duas urbes de pontos extremos do Brasil: Alta Floresta do Oeste/RO e São
Francisco do Sul/SC, que também tem praia. Da primeira até Guarapari são exatos
3.267 quilômetros rodoviários, numa viagem com duração média de 45 horas. Do
balneário catarinense são necessárias 19 horas, aproximadamente, para percorrer
a distância de 1.468 km.
É muita vontade de pular o Carnaval
fora de casa.
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