Em
A Tribuna de 28/06/25 a escritora, pesquisadora e professora titular de
Literatura do IFES, Andréia Delmaschio, na coluna “Tribuna Livre”, publicou um
artigo intitulado “Por que ler Renato Pacheco?”, que foi magistrado, professor,
historiador, sociólogo e escritor dos mais importantes dessas terras capixabas,
de quem tenho a honra de ser filho.
A
articulista pergunta, e ela mesma responde: “Porque grande parte dessa produção
(se referindo aos poemas, romances, textos sobre cultura popular, estudos da
área do Direito, História e Sociologia escritos por ele) segue atualíssima, o
que indica, por um lado, o alcance da visão do autor, por outro, pouca
transformação na sociedade de que se trata. Ler Renato Pacheco é conhecer
melhor o lugar onde ele viveu e onde vivemos”.
Esse,
a meu ver, é um ponto importante para entendermos melhor a sociedade que temos
hoje. Sabemos que somos resultados de uma longa caminhada iniciada por nossos
antepassados. Mas esse mundo digital, com seus inúmeros influenciadores
deletérios e mensagens instantâneas, que se perdem de um dia para o outro, não
deixa muito espaço para esse tipo de aprendizado e conhecimento. A própria professora
Andréia indaga, no início de seu texto, quantos que estudam na Escola Estadual
Renato Pacheco, em Vitória, sabem quem foi o homenageado.
Enfim,
muitas são as pessoas, homens e mulheres que contribuíram em favor do
crescimento intelectual e espiritual dos seus irmãos de jornada terrena, que
estão esquecidas, com trabalhos empoeirados escondidos em alguma prateleira, ou
até mesmo digitalizados, mas inacessíveis e pouco conhecidos. Alguém disse que
o brasileiro tem memória curta, mas eu acho mesmo é que quase todos os nossos
dirigentes municipais, estaduais e federais é que, desde o descobrimento, não
estão nem aí para a hora do Brasil, conforme se dizia antigamente, preferindo
cultivar outros valores e princípios.
Haja
vista a quantidade de telas disponíveis hoje em dia, mas quem, entre os mais
jovens, ainda tem interesse em ler um bom livro ou estudar mais profundamente
algum tema. É a época das futilidades e da cultura rasa. Ainda bem que existem
alguns abnegados, a exemplo da professora Andréia Delmaschio, para que nem tudo
fique perdido nos escaninhos de uma história mal contada.
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