quinta-feira, 23 de março de 2023

Devo me preocupar?

 


        Um amigo de longa data, também profissional da área de comunicação social, me apresentou ao já famoso ChatGPT. Apesar de ter sido lançado em novembro de 2022 para mim ainda era um tremendo desconhecido.

 

        De acordo com a Wikipédia, “ChatGPT, que significa transformador pré-treinado gerador de conversas, é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI e especializado em diálogo. O chatbot é um modelo de linguagem ajustado com técnicas de aprendizado supervisionado e por reforço”.

 

        Pois bem. Fui conferir. Após o cadastro de praxe, pedi que fosse escrito um texto de dez linha sobre Deus. Eis a resposta: “Deus é considerado por muitas pessoas como uma entidade divina que criou e governa o universo. É frequentemente descrito como todo-poderoso, onisciente, onipresente e amoroso. Muitas religiões, como o cristianismo, o islamismo e o judaísmo, acreditam em Deus e o consideram o criador e mantenedor da vida. A existência de Deus é um tema controverso, com muitos argumentando que não há evidências empíricas para provar sua existência. No entanto, para muitos outros, a crença em Deus é baseada na fé, experiência pessoal e tradições religiosas. A imagem de Deus varia entre culturas e religiões, e sua relação com o mundo e com os seres humanos é frequentemente objeto de debate e reflexão filosófica e teológica. Em resumo, Deus é uma figura central para muitas pessoas e religiões em todo o mundo, mas continua sendo um tema complexo e multifacetado”. Deve ser agnóstico.

 

        Depois, já que tinha começado com um assunto do alto, solicitei um texto de cinco linhas mais mundano sobre a praia da Areia Preta, em Guarapari. O redator cibernético foi ligeiro e rápido: “A praia da areia preta em Guarapari, localizada no Espírito Santo, é conhecida por suas águas terapêuticas, ricas em minerais, como ferro e magnésio. É uma praia pequena, mas muito popular entre os turistas que buscam relaxar e aproveitar os benefícios terapêuticos da água. Além disso, a praia é cercada por falésias e vegetação, proporcionando um ambiente natural e tranquilo. No entanto, é importante ressaltar que a praia da areia preta pode ser perigosa para banhistas inexperientes devido às correntezas e ondas fortes”.

        Causou-me dúvida quanto “às águas terapêuticas” (seriam areias?) e ainda sobre as falésias e vegetação, mas deu para o gasto. Voltando ao campo filosófico, indaguei: Haverá paz no mundo? O robozinho mandou: “Essa é uma pergunta complexa e difícil de responder com certeza. Embora a paz mundial seja um objetivo comum para muitas pessoas, é importante lembrar que existem muitos fatores que contribuem para conflitos e tensões internacionais. A história mostra que conflitos armados e tensões políticas sempre fizeram parte da condição humana e podem ser causados ​​por questões econômicas, culturais, religiosas e territoriais, entre outras. No entanto, é possível trabalhar em direção à paz por meio de diálogo, cooperação e respeito mútuo. Iniciativas como negociações diplomáticas, acordos de paz e organizações internacionais podem ajudar a reduzir conflitos e promover a cooperação entre países. Além disso, investimentos em educação, igualdade e justiça social também podem contribuir para a construção de sociedades mais pacíficas e justas. Portanto, embora a paz mundial possa parecer difícil de alcançar, ainda é importante continuar trabalhando em direção a esse objetivo, reconhecendo que é um processo contínuo que requer esforços e compromissos de todas as partes envolvidas”. Em cima do muro.

        Fiquei um tanto surpreso com essa novidade, e deu vontade de ficar horas e horas “brincando” de perguntas e respostas, mas, confesso, estou começando a sentir um pouco de medo, pois essa tal de “inteligência artificial” está ficando inteligente demais para o meu gosto. Difícil, pelo menos para mim, imaginar o que vem pela frente, mas, com certeza, a imaginação desse pessoal dito nerd é sem limite. Os avanço tecnológicos surpreendem cada vez mais, daí o motivo da pergunta do título:

        Devo me preocupar?

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