Todos os meus temores estavam
infundados.
Não houve briga, ou pouca briga, as
seções eleitorais funcionaram regularmente, apesar das filas, e as urnas
eletrônicas cumpriram sua função a contento, pelo menos não se ouviu nenhuma
reclamação, que eu saiba.
Os eleitos comemoram, os que, desta vez,
não venceram lambem as feridas e aqueles que ainda têm um segundo turno pela
frente preparam, renovam e buscam diferenciadas estratégias que garantam a
vitória nessa fase decisiva.
E a dita festa da democracia aconteceu.
Segunda-feira amanheceu e todos voltamos ao batente, à rotina diária e aos
afazeres de sempre. Os problemas continuam? É claro. Soluções à vista? Nem
tanto. Mas estamos sobrevivendo.
Dia 30 de outubro tudo estará resolvido.
Daqui até lá em alguns estados e nacionalmente a campanha eleitoral continua.
Espera-se que seja mantido um mínimo de civilidade entre os litigantes. Afinal,
o debate é de ideias, e ao final de todo o processo continuaremos sendo
parentes, vizinhos e morando nos mesmos lugares.
Atribui-se a Winston Churchill a frase
de que “a democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema
melhor do que ela”. Quase todos os países ocidentais usam este sistema, cuja
origem é atribuída aos antigos gregos, inclusive quanto à etimologia da
palavra: demos = povo; kratos = poder.
Esse tipo governo em que o cidadão, através
do comparecimento periódico às urnas, exerce a soberania popular elegendo os
dirigentes para cargos dos poderes Legislativo e Executivo (em alguns outros
países até de algumas instâncias do Judiciário), tem hora que parece um tanto
complicado, com inúmeros acordos, esquemas e conchavos, onde os gatos não são tão
pardos quanto parecem e o adversário de hoje pode ser o apoiador de amanhã.
Mesmo assim, é o que melhor se aproxima
de um efetivo governo do povo, pelo povo e para o povo – idealmente falando. Precisamos
continuar praticando, sem enveredar por aventuras outras. Uma hora saberemos
escolher melhor e teremos prefeitos, governadores, presidentes, deputados e
senadores que façam jus à confiança recebida de nós, meros eleitores.
Que venha o segundo turno.
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