sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Divagações filosóficas

Estou me preparando para passar uns dias na terrinha, ou seja, Vitória do Espírito Santo, a popular Ilha do Mel, a Cidade Presépio, das legítimas moquecas, pois, conforme imortalizou Cacau Monjardim, o resto é peixada. Entre as capitais brasileiras, Vitória possui o 3° melhor IDH e o maior PIB per capita. Fundada em 8 de setembro de 1551, a cidade está próxima de festejar 460 anos de existência. O motivo do meu passeio é estar presente no casamento de uma sobrinha.
Aí é que entra o tema de hoje. Interessante como coisas das quais a gente nem dava importância antes ou não imaginava que pudessem acontecer, passam a fazer parte da nossa realidade de conformidade com a faixa etária da existência, principalmente quando passamos a ter mais de meio século, por exemplo. Casar, ter filhos e ver nossos irmãos e amigos na mesma sequência são situações que, a meu ver, demonstram como a vida de todo mundo é parecida, seja hoje ou em séculos passados, obviamente com as diferenças específicas de acordo com as condições próprias de cada época.
Atualmente temos facilidades tecnológicas inexistentes em determinados períodos da história, e o futuro poderá vir com novidades mais impressionantes ainda. Mas continuamos tendo necessidades humanas básicas iguais aos nossos antepassados: acordar, comer, sexo, dormir, entre outras. Além disso, homens e mulheres passam por altos e baixos, tristezas e alegrias, derrotas e triunfos. Sentimentos se misturam desde sempre em turbilhões de pensamentos, não importa a classe social, cor ou credo religioso.
Acho que é por isso que se diz que a cabeça das pessoas é um mundo, o macro e o micro sendo um só, o interno e externo mudando apenas de frequência vibratória. Apesar de os habitantes deste planeta tão belo aparentemente caminharem em direções diferentes, conforme muitos vêm fazendo, seja individualmente ou coletivamente, via governos, radicalismos ou disputas econômicas, todos querem ser felizes, amar e ser amado, ter saúde e viver muito. Só falta ajustar a compreensão de qual é a maneira natural de isto acontecer. Simples assim, por incrível que pareça, mesmo que a gente leve horas/dias/semanas/meses/anos/séculos/milênios para chegar lá. Não tem problema, porque a pressa é inimiga da perfeição.
Ditado famoso diz que todo orgulho termina no fundo da sepultura, o que, a meu ver, é mais uma prova inconteste da nossa igualdade perene. Afinal, quer coisa mais justa do que saber que já nascemos no caminho da morte, seja rico ou pobre, bonito ou feio, mal ou bom. Êta mundo velho sem porteira.

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VISTAS DE VITÓRIA

(fotos extraída da Wikipédia, provenientes do Wikimedia
Commons, um acervo de conteúdo livre da Wikimedia Foundation) 


2 comentários:

  1. Saudades de Vitória e da familia que lá reside...
    Em breve espero ir por lá....

    Bjus

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  2. Pois é, cidade natal também só temos uma.

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