Minha
amada neta Alice, a Primeira, está fazendo, nesse 11 de outubro de 2023, 15
anos de idade. O tempo passa, o tempo voa, diria uma famosa propaganda bancária
dos anos 1970, e aquela fofura loira de cachinhos dourados se transformou numa
linda jovem de nariz empinado, estudiosa e atleta de vôlei (no futebol, a
exemplo do avô, torcedora do Flamengo), fã de Bruno Mars e Taylor Swift, entre
outros.
Houve
uma época em que essa data era esperada com ansiedade pelas famílias mais tradicionais,
para não dizer abastadas, quando as filhas seriam “apresentadas à sociedade” em
bailes glamorosos que serviam mais para afagar o ego vaidoso dos pais do que
atender às debutantes. Páginas de jornais eram preenchidas com fotos e elogios,
nem sempre gratuitos. Nas voltas que o mundo dá, tudo isso ficou para trás.
Alice
não tem esse perfil, o que acho bom. É mais pé no chão, até porque raras vezes
foi possível vê-la suavizar nossos olhos, tal qual um colírio, usando vestidos.
Apesar de não querer demonstrar, é uma pessoa carinhosa, que ama seus pais,
suas tias e primos, principalmente o menorzinho, Benício, de seis meses, do
qual é madrinha, sem esquecer dos avós.
Quer
ser médica. Sua dedicação na escola, onde sempre tem boas notas (é considerada
a melhor da turma), vislumbra êxito nessa pretensão, pois, sabemos, o curso de
Medicina não é para qualquer um. Dá trabalho para entrar, e exige mais trabalho
ainda para que o acadêmico se torne um bom profissional. Ela chegará lá.
Gostaria
de dar-lhe muitos beijos e abraços hoje, mas sei que isso não é exatamente a
praia dela, e, tenho que reconhecer, nem mesmo a minha. Somos mais controlados
nas demonstrações de afeto e carinho, o que não quer dizer que não tenhamos uma
ligação forte que vai além de atos explícitos. O nascimento dela me encheu de
uma alegria imensa, superior até àquela que senti (que não foi pouca) quando
nasceram minhas filhas.
Sim,
sou avô babão, mas quem não o é? Ter netos é uma das coisas mais maravilhosas
da vida, e eu, com a graça de Deus, já coleciono quatro – duas meninas e dois
meninos. Mas Alice Pacheco Fernandes sempre será a primeira, com um lugar
especial no meu coração, que hoje bate mais forte em celebração ao primeiros
quinzes anos da existência dela, época de desabrochar para uma vida abençoada
em que sonhos precisam ser vividos para que se transformem em boas realizações.
Que
Deus esteja sempre contigo. Seja feliz! Te amo.
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