domingo, 14 de maio de 2023

Dia das Mães

 


        E o segundo domingo do mês de maio chegou. Uma data das mais esperadas pelo comércio de um modo geral ao longo do ano, somente superada, em termos de vendas, pelo Natal.

 

Mas o Dia das Mães não é só isso.

 

        Mãe, segundo o ditado popular, só se tem uma, e já foi cantada em prosa e verso ao longo dos séculos em todos os recantos do mundo. É um amor tão incondicional que “se seu filho for ministro/ou presidente da nação/sua mãe sente prazer/deste grande cidadão/mas se for um delinquente/que tem má reputação/sua mãe lhe abraça e beija/com o mesmo coração” (Mãe é sempre mãe, Bezerra da Silva).

 

        Todo o carinho que emana do olhar de uma mãe ao filho ou filha, seja quantos forem, é para a vida toda, e sempre traz na sua origem a lembrança da Santíssima Virgem Maria, que recebeu a graça sublime e inigualável de ser mãe de Jesus, o filho de Deus.

 

        Minha mãe, com 96 anos de idade, faleceu aos 25 de março, ou seja, não tem nem dois meses ainda. Morou comigo e minha esposa, após ficar viúva, por alguns anos (5 a 7 ou 10), que não estou sabendo, no momento, precisar, mas que foram suficientes para que fortalecêssemos um vínculo mais do que filial.

 

        Gostaria de ter a capacidade dos escribas mais inspirados para homenageá-la e também às todas as mães do mundo inteiro que cumprem essa missão divina de gerar crianças, soltá-las no mundo e educá-las no caminho do bem. Como ainda não tenho essa capacidade, transcrevo abaixo um poema intitulado Poemeto dos amores que meu pai, esse sim, um escritor de verdade, fez para a amada dele no já longínquo ano de 1949.

 

        Diz assim:

 

        “Na estrada de barro vermelho

        Caiu a primeira chuva de verão...

        Ressequida, a terra sôfrega, absorveu a água.

 

        Outras chuvas vieram...

        A estrada virou um lamaçal,

        Cheia de valas, formadas pelas tempestades

        Que se seguiram à primeira chuva de verão...

 

        A estrada de barro vermelho?

        É o coração...

        E as chuvas? Você já sabe...

        São os amores!

        (Renato Pacheco, 12/01/1949)

 

        Após a assinatura no texto manuscrito com caneta tinteiro, uma dedicatória: “Tilda: este poemito é para você. Não encerra ele, porém, conselho algum”.

 

        Que Deus abençoe a todas as mães e aos seus filhos e filhas também.

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