Hoje, 16 de agosto, minha esposa,
companheira, amada, salve, salve e tudo o mais de bom, está aniversariando.
Nasceu no ano de 1955, na cidade de Vitória/ES, fazendo, então, nesta data, a provecta, mas
nem tanto, idade de 67 anos.
Quando nos casamos, em 16 de dezembro de
1978, ela tinha 23 anos e eu 21. Mais quatro meses e comemoraremos 42 anos de
uma existência em comum, com três filhas e três netos (duas meninas e um
menino), até agora. Razoável, né mesmo?
Entre alto e baixos, dificuldades,
pelejas, discussões e momentos “o amor é lindo”, acredito, do meu ponto de
vista, que o saldo é extremamente positivo. Ninguém passa impune por mais de
quatro décadas morando debaixo do mesmo teto. O jeito de um e o de outro acaba
se moldando numa amálgama bíblica que, se ainda não é perfeita, caminha nesta
direção.
Contudo, algumas coisas dizem respeito à
individualidade, pois nós, seres humanos, somos diferentes e temos, digamos,
nossas próprias manias, um jeito peculiar de ser. Por exemplo: conversando com
amigos, dias desses, minha querida sexagenária comentou que, ao ver dela, eu
falo pouco aquelas três palavrinhas que nos filmes românticos de Hollywood e
adjacências são, geralmente, sussurradas à meia-luz.
As demais dignas representantes do sexo
feminino presentes manifestaram apoio inconteste. Acho até que o singelo
comentário deve ter causado algum reboliço em lares vizinhos, pois quer me
parecer que o suave reclamo da minha mulher encontrou respaldo em outros
corações românticos. Quão duro é aquele importante músculo do sistema
cardiovascular masculino.
Peça vênia para apresentar uma pequena
defesa. Sou uma pessoa prática. Acredito no fazer. A teoria, às vezes, me
incomoda. Assim, entendo que atitudes outras podem, muito bem, demonstrar a
existência de um sentimento profundo comprovando a união dos casais sem a
necessidade de declarações romantizadas pela mídia. Carinho e respeito mútuo
provam isso.
Mas,
para não dizerem que sou insensível e que tenho a compreensão bruta, aproveito
este espaço, e atendendo conselhos de alguns, ainda, poucos, mas fiéis
leitores(as), digo aqui em público, com todo o estardalhaço que a palavra
escrita permite, em alguns dos mais variados idiomas existentes: EU TE AMO
(português), I LOVE YOU (inglês), ICH LIEBE DICH (alemão), ANA BEHIBEK (árabe),
NGO OI NEY (chinês), TE AMO (espanhol), JE T"AIME (francês), ALOHA
I"A AU OE (havaiano), TI AMO (italiano), AMO-TE (português lusitano), TECHIHHILA
(sioux), MENA TANDA WENA (zulu), YA TEBYA LIUBLIU (russo), KIMI O AI SHITERU
(japonês) e EGO AMO TE (latim antigo).
Ufa! Nem doeu, mas é suficiente por algum
tempo.
Seja feliz, meu amor.
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