terça-feira, 16 de agosto de 2022

Vida a dois

 


        Hoje, 16 de agosto, minha esposa, companheira, amada, salve, salve e tudo o mais de bom, está aniversariando. Nasceu no ano de 1955, na cidade de Vitória/ES, fazendo, então, nesta data, a provecta, mas nem tanto, idade de 67 anos.

 

        Quando nos casamos, em 16 de dezembro de 1978, ela tinha 23 anos e eu 21. Mais quatro meses e comemoraremos 42 anos de uma existência em comum, com três filhas e três netos (duas meninas e um menino), até agora. Razoável, né mesmo?

 

        Entre alto e baixos, dificuldades, pelejas, discussões e momentos “o amor é lindo”, acredito, do meu ponto de vista, que o saldo é extremamente positivo. Ninguém passa impune por mais de quatro décadas morando debaixo do mesmo teto. O jeito de um e o de outro acaba se moldando numa amálgama bíblica que, se ainda não é perfeita, caminha nesta direção.

 

        Contudo, algumas coisas dizem respeito à individualidade, pois nós, seres humanos, somos diferentes e temos, digamos, nossas próprias manias, um jeito peculiar de ser. Por exemplo: conversando com amigos, dias desses, minha querida sexagenária comentou que, ao ver dela, eu falo pouco aquelas três palavrinhas que nos filmes românticos de Hollywood e adjacências são, geralmente, sussurradas à meia-luz.

 

        As demais dignas representantes do sexo feminino presentes manifestaram apoio inconteste. Acho até que o singelo comentário deve ter causado algum reboliço em lares vizinhos, pois quer me parecer que o suave reclamo da minha mulher encontrou respaldo em outros corações românticos. Quão duro é aquele importante músculo do sistema cardiovascular masculino.

 

        Peça vênia para apresentar uma pequena defesa. Sou uma pessoa prática. Acredito no fazer. A teoria, às vezes, me incomoda. Assim, entendo que atitudes outras podem, muito bem, demonstrar a existência de um sentimento profundo comprovando a união dos casais sem a necessidade de declarações romantizadas pela mídia. Carinho e respeito mútuo provam isso.

 

         Mas, para não dizerem que sou insensível e que tenho a compreensão bruta, aproveito este espaço, e atendendo conselhos de alguns, ainda, poucos, mas fiéis leitores(as), digo aqui em público, com todo o estardalhaço que a palavra escrita permite, em alguns dos mais variados idiomas existentes: EU TE AMO (português), I LOVE YOU (inglês), ICH LIEBE DICH (alemão), ANA BEHIBEK (árabe), NGO OI NEY (chinês), TE AMO (espanhol), JE T"AIME (francês), ALOHA I"A AU OE (havaiano), TI AMO (italiano), AMO-TE (português lusitano), TECHIHHILA (sioux), MENA TANDA WENA (zulu), YA TEBYA LIUBLIU (russo), KIMI O AI SHITERU (japonês) e EGO AMO TE (latim antigo).

 

        Ufa! Nem doeu, mas é suficiente por algum tempo.

 

Seja feliz, meu amor.

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