Diz um amigo meu que a
alegria vem pela dor, quando se vence uma dificuldade ou se supera um
infortúnio ou se alcança um perdão e aquela sensação de alívio traz um conforto
e nos alegra. Mas às vezes não é tão fácil quanto possa parecer.
Um casal de amigos
recentemente quebrou o compromisso conjugal, por motivos que não cabe aqui
comentar. Cada um para um lado. Quatro filhos ainda menores de idade
surpreendidos por uma decisão que ninguém imaginava, nem mesmo nós, aqueles que
eram do círculo mais próximo.
Adolescentes e crianças
sofrendo, cônjuges magoados, amigos sem entender direito o que aconteceu. Sentimentos
generalizados de que o coração das pessoas é terra de ninguém. Difícil
encontrar palavras de conforto, nada muito além do óbvio.
O jeito é continuar vivendo,
na esperança de dias melhores, pois as dificuldades fazem parte das provações
que enfrentamos nesse mundão de meu Deus. Acreditar que o tempo irá cicatrizar
as feridas ora abertas, mesmo que a cura não seja como um passe de mágica, mas
dependa de esforço pessoal, aceitação e coragem.
As experiências são as lições
que carregamos ao longo da nossa existência, transformando dor em aprendizado e
em sabedoria para que, no nosso próprio ritmo, seja alcançada a superação de
qualquer mazela por maior que possa parecer num primeiro momento.
Afinal, cada um é responsável
por suas escolhas e pelo seu plantio. E cada um que faça a sua própria colheita,
seja ele de espinhos ou de flores. Perdoemos. Nos alegremos. Não há mal que
sempre dure, e a vida está aí à nossa frente para que vivamos e façamos a nossa
própria história, com as bênçãos divinas.
No dizer do escritor francês
Victor Hugo: “O tempo não só cura, mas também reconcilia”. Sigamos em
paz.