Em diversos campos do conhecimento humano, discute-se sobre o nascer e o morrer, sendo este um conceito presente na biologia, na filosofia e na religião. No aspecto religioso, por exemplo, nascimento e morte fazem parte de um ciclo ou uma passagem, em que, para muitos, a diferença é somente de plano, seja ele material ou espiritual, de vida no além ou de reencarnação.
É claro que quando uma mulher dá à luz a alegria e as comemorações dos familiares e amigos são cheias de alegria. Não se imagina ninguém festejando a morte de um semelhante, por maior conformação que se possa ter. Por isso que a vinda de uma criança, depois de longos nove meses de gestação padrão, é motivo de tanta festa, desde a mãe (seja de primeira viagem ou não), passando pelo pai, avós e todos os demais envolvidos sentimentalmente com o acontecimento.
Me lembro quando as minhas filhas nasceram (81, 83 e 87) o quanto eu fiquei aéreo, olhando aquelas carinhas inocentes e sentindo uma realização pessoal até então inimaginável. Essas lembranças me vieram à memória ao saber que um jovem e querido casal de amigos – Pedro e Cris – recebeu na noite de ontem (29/07/25), em seu lar, mais uma criaturinha para que eles possam zelar, cuidar e encaminhar na seara do bem. Que missão! Que responsabilidade!
(A bolsa rompeu, foram para o hospital e a menina nasceu quando a mãe, em pé, aguardava os procedimentos burocráticos de internação. Ao pai, só restou observar e comentar depois com uma enfermeira que queria saber se ele estava bem: “Foi ótimo. Não senti dor nenhuma”. A avó paterna, porém, com a sensibilidade de uma artista, fez poesia: “A alegria está escorrendo pelos olhos”).
Acalentada e amparada com muito amor, ela desembarcou no planeta Terra numa noite fria de inverno. Contudo, cercada de todo o calor humano necessário ao seu pleno desenvolvimento físico e mental, com certeza irá crescer saudável e também cumprirá com a missão que a fez vir até nós. E assim caminha a humanidade: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há templo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou. Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar. Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz” (Eclesiastes 3).
Vida longa e próspera, Mariana.
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