quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Século XXI

  

Da China vem a notícia de que uma família foi flagrada dormindo dentro de um carro autônomo que trafegava por uma rodovia. Segundo Gabriel Lima, colaborador do UOL, “uma família na China foi gravada dormindo enquanto seu carro - um Li Auto L9 - trafega por uma rodovia. Todos, inclusive o motorista, não estão acordados. Não se sabe se o vídeo foi apenas combinado, porém o carro estava de fato em uma rodovia” (mais em https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2025/02/17/familia-aparece-dormindo-em-carro-autonomo-trafegando-em-estrada.htm?cmpid=).

 

Conforme diriam os antigos, “esse mundo está mesmo perdido”, mas essa invenção me parece algo bem interessante. Porém, fico pensando como é que os engenheiros especializados no tema conseguiriam colocar um carro autônomo para rodar nas ruas das cidades brasileiras, com tantos motoristas, ciclistas e motoqueiros sem um mínimo de educação de trânsito ou respeito pela sinalização.

 

Aqui em Guarapari, por exemplo, motos na contramão se vê às dezenas, diuturnamente. Será que o DMS – Driver Monitoring Systems instalado nos carros autônomos tem capacidade de memória suficiente para se antecipar a esse tipo de irregularidade ou outros tipos de barbeiragens tradicionais ao sul do Equador? Vão ter que criar uns modelos especiais.

 

Acredito que essa é mais uma novidade que vem se tornar comum nos próximos 20 ou 30 anos, até porque já se fazem testes até com carros voadores. Mas gostei da ideia. Estou numa fase em que dirijo automóvel se não tiver outro jeito, exatamente porque os “donos da rua” me incomodam bastante.

 

Que venham os carros autônomos. Eu quero um!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Devolvida

 

 

Segundo o ChatGPT, “civilização é um termo que se refere ao estágio avançado de desenvolvimento social, cultural e econômico de uma sociedade. Geralmente, envolve a organização de comunidades em cidades, a criação de sistemas de governo, a prática de religiões, o desenvolvimento de uma linguagem escrita e a realização de avanços em áreas como ciência, arte e tecnologia. Civilizações também são caracterizadas por suas interações com outras sociedades, incluindo comércio, guerra e intercâmbio cultural. Em resumo, civilização é um conceito que abrange a complexidade e a riqueza da vida humana em sociedade”.

 

No DeepSeek, para minha surpresa, a definição é idêntica, sem mudar nenhuma virgula (acho que o pessoal de TI deve saber o motivo). Já o Microsoft Copilot explica que “civilização é um conceito amplo que se refere ao desenvolvimento de sociedades humanas complexas. Isso inclui elementos como cultura, tecnologia, economia, religião, governo e educação. Uma civilização é caracterizada pela presença de cidades, organização social avançada, sistemas de escrita, avanços tecnológicos e produção de arte. Em resumo, é o resultado do esforço coletivo de um grupo de pessoas para criar uma sociedade estruturada e funcional”.

 

O Gemini, mais uma dessas novas ferramentas de inteligência artificial, por sua vez, afirma que “civilização é um conceito complexo e multifacetado que pode ser definido de diversas maneiras, dependendo da perspectiva que se adota. No entanto, alguns elementos são comuns à maioria das definições: desenvolvimento social, político, econômico e cultural avançado; urbanização; tecnologia; conhecimento”.

 

Bom, eu, com minha pouca inteligência natural, entendo que civilização deve ser definida, resumidamente, por educação e respeito. Todo esse preâmbulo é para reiterar minha indignação com o comportamento dos turistas que invadiram Guarapari desde o final do ano passado. Os visitantes (não vou falar mineiros para evitar generalizações) espalharam tanto lixo nas ruas e praias que fica difícil imaginar que sejam “pessoas civilizadas”, ou, pelo menos, respeitosas e educadas. Isso sem falar em caixas de som, cachorros e bolas voando de um lado para o outro. E tem também os carros estacionados de qualquer jeito e em qualquer lugar, até mesmo debaixo de uma placa de “proibido”.

 

Não sei como a coisa funciona em outros balneários do Brasil ou do mundo, mas aqui no meu cantinho gostaria que fosse possível um jeito melhor de essa convivência temporária ser menos incômoda e mais prazerosa para todos. A sorte é que nesse 2025 o Carnaval é em março, o ano letivo começou mais cedo e os sujismundos começaram a voltar para suas cidades de origem, onde, imagino, mantenham um comportamento mais “civilizado”.

 

A praia é nossa, novamente.