Aqui
e acolá sou convidado para algum casamento. Não é exatamente meu programa
favorito. Só fui ao meu porquê não tinha outro jeito (na verdade, eu estava
mais ansioso para casar do que a minha consorte). Desta vez, foi o casamento de
um afilhado de batismo, já com seus 30 anos bem vividos, que resolveu fazer
aqueles votos de “até que a morte os separe”, conforme a citação bíblica (Mateus
19:6): “Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne. Portanto, o que
Deus uniu, ninguém separe”.
A
alegria esperançosa estampada no rosto dos noivos me fez pensar também quando
me casei, quase 47 anos atrás, cultivando os mesmos sonhos que o amor é capaz
de construir. Praticamente meio século depois (as Bodas de Ouro estão
chegando), só tenho que agradecer a Deus pelas três filhas, quatro netos e a
mulher fiel, companheira e amorosa que a vida trouxe até mim.
Mas
voltemos à cerimônia objeto dessas linhas, realizada em um centro espírita
reencarnacionista, em que o celebrante, bastante inspirado, mostrou o caminho
das pedras para uma convivência a dois de forma harmoniosa e tranquila, sem
esconder, porém, que nem tudo são flores. Afinal, surpresas do cotidiano, nem
sempre agradáveis, são passíveis de acontecer, e os nubentes precisam estar
alerta para não serem pegos desprevenidos.
E
depois teve aquela recepção em que todos ficaram bem descontraídos,
principalmente numa boca livre repleta de guloseimas e os tradicionais doces
próprios de eventos dessa natureza. E fotos, muitas fotos, que poucas pessoas
vão ver (as fotografias em papel pelo menos tinham aqueles álbuns que a gente
olhava de vez em quando).
Numa
incrível coincidência, o buquê que a noiva lançou aos ares caiu aos pés da
jovem irmã do noivo, que, na inocência dos seus 20 anos, pegou as flores meio
sem saber o que fazer com elas. Mas a galera não deixou barato, e foi
imediatamente cumprimentar o pai da moça, antevendo mais um casamento em breve
na mesma família, caso seja verdade a tradição popular de que a solteira que
pegá-lo será a próxima noiva.
Enfim,
alegria de rever os amigos, confraternizar e continuar o projeto divino para a
humanidade: crescei-vos e multiplicai-vos. Que as famílias, esse elo tão
fundamental na existência do ser humano, se fortaleçam cada vez mais, na
constância da força mais poderosa do Universo: o Amor.
Felicidades
aos noivos e a todos.