Depois de um longo mas não tenebroso inverno, em que atravessei, pelo menos para mim, alguns dias mais frios dos últimos anos, inclusive com um diagnóstico de pneumonia e adinamia, caracterizada por uma sensação de cansaço constante, até mesmo ao acordar, eis-me de volta ao batente, com a disposição renovada e tocando em frente essa minha existência terrena, superando esses ciclos astrais de momentos bons e outros nem tanto, que homens e mulheres vivenciam cotidianamente.
Espero que meus inúmeros leitores fiéis (piadinha, tá!) tenham aguardado pacientemente, enquanto o blog permaneceu mais silencioso do que clausura de convento. Alguns abnegados amigos repaginaram a página, dando-lhe um visual mais clean, sem perder a característica da origem do Velho Porto, enquanto outros três empresários vitoriosos, meus chegados também, dos ramos médico-odontológico, cafeicultura e pizzaria, acharam por bem associar suas marcas vencedoras num apoio cultural a este escriba. Gratidão.
Foram exatos três meses de ausência, o que é demais até para um aprendiz de escritor, conforme é meu caso. No dizer do cantor visionário Zé Ramalho: “É praticando na vida que muito vai aprender”. Meu saudoso pai escrevia todos os dias, geralmente à mão. Chegou a ter um computador, mas não era muito adepto dos teclados e outras tecnologias. A primeira vez em que fui teclar, ainda acostumado com as antigas Remington pesadonas (eram feitas de ferro), botei tanta força que assustou o proprietário do equipamento.
Enfim, caminhamos devagar e sempre, vivendo e achando bom, “no passo do compasso dessa vida, a hora que se passa nunca mais é revivida, o passo verdadeiro que se pode dar na vida, é criar no coração, um amor que dure toda a vida” (Vivência, Jorge de Altinho).
Até breve, amigos e amigas.